O que aconteceu em Los Angeles #2
Acordei com o sol em meus olhos. O maldito entrava por uma brecha nas cortinas. Irritado, levantei-me e fechei por completo elas sem prestar atenção na rua. As camas de Alex e Alicia estavam vazias, o que me intrigou um pouco.
“será que eles me abandonaram?” Pensei, mas, felizmente, tive minha resposta quando eles entraram pela porta do apartamento. Traziam o café da manhã, leite e cereal.
-Bom dia, bela adormecida!- Falou Alex depositando a sacola na pequena mesa da cozinha.
-Bom dia, raio de sol-disse esfregando os olhos e ele sorrio.
-Você já olhou lá fora?- perguntou-me Alicia e quando fiz que não com a cabeça ela começou a falar-
Tem duas viaturas ai fora. Pelo visto outro assassinato. As pessoas estavam falando que também foi de envenenamento. -Ninguém viu que matou a vitima? Ou oque?-perguntei.
-Não, até porque aconteceu tarde na noite. Encontramos Sam enquanto voltávamos. Ele disse que viria aqui daqui a... Alex foi interrompido por alguém batendo à porta. Alicia foi até ela e a abriu para que o sátiro entrasse. Ele parecia inquieto. Alex foi até a cozinha e pegou três pratos enquanto Sam se sentava em umas das cadeiras na mesa.
-E ai? Oque você sabe desse novo incidente?-Perguntou Alicia.
-Não muito, os policias ainda estão lá dentro. Mas sei quem era. Era um vizinho meu, o irritante do Bryan Grey. Tivemos alguns desentendimentos mais foi só isso. O homem era forte de mais para que pudesse fazer alguma coisa. Arrumava confusão com todo mundo- Alex agora estava entregando os pratos com cereal para a gente.
-Podemos entrar no quarto? Para investigar?- Perguntei e em seguida comi uma colherada de cereal.
-Creio que posso infiltrar vocês no prédio. Digo que são meus parentes-Disse ele pensativo e distante como se estivesse já pensado no que dizer.
-Ok, é só esperar nos acabarmos de comer que vamos lá dar uma olhada. Não vou a lugar nenhum sem comer-informou Alex.
Saímos do prédio a tempo de vermos as viaturas deixando a rua. Rapidamente entramos no prédio, que estava lotado de gente no salgam de entrada e quando o porteiro perguntou quem éramos Sam disse que éramos parentes e que tínhamos acabado de chegar. Subimos até o segundo andar e ficamos na frente do quarto vinte e cinco. Na porta havia um bilhete nada amistoso que dizia:
“Caro maldito Bryan, quero lhe pedir que diminua o volume de seu aparelho de som, ninguém aqui é obrigado a ouvir suas musicas de quinta categoria. Caso o incomodo prossiga serei obrigado a tomar mediadas extremas. De seu vizinho de baixo querido, John” Alicia pigarreou e tentou abrir a porta e descobriu que estava trancada.
-Maldição!- praguejou ela
-Deve haver outra forma de entrarmos. -E há. Aqui no prédio existe um copeiro que tem todas as chaves de todas as portas, mais acho que ele não daria a chave pra nós- informou Sam e em seguida olhou o relógio
- Desculpem-me crianças, mas tenho que ir trabalhar. Se quiserem achar o copeiro procurem por um homes de meia idade gordo, baixinho, de longa barba negra e calvo. O nome dele Robert. Boa sorte- e em seguida ele se virou e foi em bora.
-Como faremos para pegar essa chave?-perguntei girando a maçaneta da porta.
-Acho que sei como, é só vocês distraírem ele- disse Alicia com um leve sorriso.
Fomos encontra o maldito copeiro no quinto andar. Ele estava empurrando um carrinho cheio de lençóis e outras coisas. Ele era como Sam disse, mas era mais gordo do que imaginei. Seu rosto era parecido com o de um camundongo e seus olhos eram tão fechados que ele até parecia japonês. Quando nos aproximamos ele abriu caminho para passarmos, mas ao ver que iriamos falar com ele, ele parou.
Não sabia ao certo oque faria pra distrair ele, mas eu e Alex ficamos puxando conversa com ele enquanto Alicia estava atrás dele procurando as chaves. Não demorou muito e ela as achou no bolso direito da calça dele. Para Alicia era fácil tirar as chaves do bolço dele, afinal ela era filha do deus patrono dos ladrões, mas o problema e que ele estava com a mão dentro do bolso remexendo a chave.
-Cinema por esse lado de Los Angeles acho que não tem- ele começou a dizer
- Mas lá pro centro tem muitos. Desculpem-me a indelicadeza, mas oque levou vocês a parar nesse lado de Los Angeles?- ele gostava de conversa isso era elementar e isso fazia com que Alicia tivesse mais tempo para pensar em como tirar a mão dele do bolço. inventamos uma desculpa e em seguida Alex perguntou:
-Mais pra que lado fica o centro? Demora pra chegar lá?- perguntou Alex marotamente.
-Até que não demora muito não. Acho que umas duas horas de viagem de taxi- Robert tirou a mão do bolso para gesticular e disse
-O centro é pra lá-disse apontando para a esquerda e Alicia tirou a chave do bolço do velho tão rápido quanto silenciosamente
- Mas acho que eles só abrem de uma da tarde hoje. -Muito obrigado Robert- disse a ele estendendo a mão pra ele apertar, e ele apertou
- Agora temos que encontrar nossa tia no aeroporto. -Foi um prazer- disse ele apertando a mão de Alex e em seguida a de Alicia que lhe deu um leve sorriso.
Andamos o mais depressa que conseguimos até o quarto vinte e cinco. Alicia enfiou a chave com a numeração do quarto na fechadura, girou-a, entramos e ela voltou a trancar a porta.
O corpo, desta vez, ainda estava no local. A sala do apartamento estava quase que totalmente em ordem. No chão, perto do corpo do morto, se encontrava um pacote de pipoca de micro-ondas, com suas pipocas empalhadas por todo o chão. As pipocas estavam molhadas pelo sangue do defunto que fazia uma poça do lado esquerdo do corpo. Tomando todo o cuidado para não pisar na pipoca nem no sangue comecei a andar para mais perto da vitimas a fim de poder velo melhor e consegui ver de onde vinha tanto sangue. Havia estilhaços de vidro perto do pescoço de Bryan e no próprio pescoço um profundo corte, que provavelmente também cortou sua veia aorta. Alex ficou do meu lado e se agachou para ver melhor. Do nada ouvi som de passos vindos de um quarto e fiquei meio assustado. Olhei para Alex, e ele parecia não ter ouvido nada. Outra vez barulho de passos.
-Vocês então ouvindo sons de passos?-perguntei em um sussurro.
-Não- responderão os dois em uníssimo.
Aquilo me deixou ainda mais assustado. Depois de alguns segundos voltei a ouvir o som e decidir ir até lá para descobrir sua origem. Alicia e Alex não me seguram, apenas ficaram examinando o corpo com os olhos. Andei lentamente pelo corredor dos quartos e quando finalmente parei à frente do quarto onde se originava o som parei e escutei.
O som estava realmente saindo dali, mas não era tudo, pois também pude ouvir vozes.
“Foi aquele velho gordo do Robert. Ele vivia me ameaçando indiretamente. Tá certo que eu ficava zoando ele todo dia, mas me matar é demais”. Eu nem soube oque pensar quando ouvi aquilo, apenas abri a porta lentamente.
“Mais policias. Nenhum deles podem me ver agora que sou um espirito”. Ouvi-o dizer e ele ficou surpreso ao me ver.
Em pé do lado da cama se encontrava o espirito de Bryan Grey. Ele me olhou com indiferença e me virou as costas.
-Você é Bryan Grey? O homem que esta morto na sala?-Não sei porque perguntei isso, era obvio que era ele.
-Você pode me ver? Como isso é possível?- disse ele admirado.
-Você não entenderia se lhe contasse. O que esta fazendo aqui? Pensei que os espíritos iriam automaticamente para o submundo. -Eu não sei pra onde ir, nem sei por que estou aqui. É tudo tão confuso. -Você precisa me dizer quem lhe matou. Você o viu? -Não, foi tudo tão rápido. Lembro-me apenas de ouvir um som estranho, como de uma aranha gigantes dos filmes, sabe?-ele paria confuso e depois de falar se sentou na cama.
Uma aranha? Não havia sinal algum de aranha, pelo menos não que eu tenha visto. Alice e Alex entraram no quarto de repente me fazendo tremer com o susto. Voltei a olhar Bryan, mas ele não estava mais no quarto.
“Talvez tenha ido embora” pensei.
-Ai esta você. Venha ver oque achamos-Alex me puxou para fora do quarto tão depressa quanto ele havia entrado.
Ele me levou até a parede que ficava atrás do sofá onde se encontrava marcas de sangue que mais se pareciam com pegadas. Em seguida apontou para a janela onde tinha uma teia de aranha, grande de mais comparada às outras.
“uma aranha gigante hein?” pensei e em seguida contei a conversa que tivera com o espirito de Bryan. Quando terminei eles me olhavam de boca aberta. Lá na rua novas viaturas chegaram e fomos obrigados a sair do apartamento às pressas. Alicia jogou as chaves perto da escada quando decidamos e cumprimentamos os policia que já subiam. Quando saímos do prédio os curiosos ainda estava presentes e nós não ficamos lá para descobrir o que ia acontecer. Fomos até um taxi, que estava estacionado na esquina e demos o endereço do parque onde a mulher misteriosa disse que encontraria Walter Brow, a vitima anterior.
-Não tenho a mínima ideia de quem possa ter assassinado esses homens, mas tenho um palpite-sussurrei para que o motorista não escutasse
- Acho que em primeiro vem esse tal de John, ele deixou bem claro que pretendia fazer algo com Bryan naquele bilhete; segundo vem Sam, podem até discordar, mas depois do que ele disse era meio difícil não suspeitarmos dele não acham?-tanto Alicia como Alex fizeram que sim com a cabeça
- E em ter terceiro o velho copeiro Robert, pois quando entrei no quando, Bryan estava resmungado que o copeiro tinha motivos para lhe fazer mal. -Concordo com tudo, mas você esqueceu que os indícios são de uma aranha gigante? Como essas pessoas poderiam controlar uma aranha gigante?-indagou Alex.
-Não sei. Mas estou pensado sobre o assunto. -E ainda tem essa mulher que escreveu para Walter. Será que vamos a encrostar nesse parque?- Todos ficamos calados com essa pergunta de Alicia.
-Alicia, entre em contato com Quíron e o informe sobre oque descobrimos. Acho que ele gostaria de saber-disse eu depois de alguns minutos. Alicia concordou com a cabeça e pegou seu telefone.Olhei pela janela do táxi e fiquei observando a as pessoas na rua, esperando descobrir a resposta para minhas duvidas nesse parque.