Treino de Emilie Gaspor

Assunto: Treino de Emilie Gaspor Seg 11 Jun 2012, 10:51

Conforme me foi passado, deveria ir ao refeitório para o dejejum, e assim faço. Após a refeição muitos dos campistas, inclusive do meu chalé, vão para a arena treinar. Volto rapidamente ao meu quarto, para vestir a minha armadura por cima do uniforme. [Exagerado usá-la apenas para um treino, mas tenho que me acostumar melhor com ela] - penso. Também apanho minha espada dos ventos e saio. O Anel dos quatro ventos já estava em meus dedos e dali nunca saía.

Me dirijo a arena com passos largos. Para aproveitar que estava armada com força total, decido que treinaria com monstros naquela manha. Mas por diversão do que por pressa, ensaio pequenos voos durante o caminho, sorrindo. Era uma das minha habilidades preferidas, embora eu ainda não tivesse descoberto nem a metade das minhas capacidades. A arena se aproxima rápido e assim que chego ao local peço a um sátiro, que ajudava a organizar o local, que me mostrasse onde podia treinar:

- Bom, sim, digo, temos um cão infernal capturado na floresta e poucos dias. Ele ainda está bastante agitado para lutar com campistas inexperientes, mas já o soltarei. Se dirija a arena e se prepare – Instruiu o sátiro, antes um pouco distraído mas logo adotando um tom sério e técnico.

Ok. - Respondo rapidamente. Desembainho a espada e vou para o meio da arena, fitando o local por onde o monstro supostamente sairia. Com as sobrancelhas franzidas e olhar concentrado, cerro meu punho ao redor do cabo da espada, segurando-o com força. Uma parede se abre e um grande rosnado pode ser ouvido, seguido de passos pesados. Um enorme cão negro se mostrava, com corpo musculoso e dentes alvos e afiados. Babava raivosamente e assim que me fitou, fungou, abaixando o focinho e latindo alto.

Não tive tempo para atacar. Assim que pensei em tomar alguma iniciativa o cão já corria para cima de mim, com incrível agilidade se seu tamanho for considerado. Minha mente trabalhava a mil por hora e logo já sabia o que fazer. Esperei tensa pela aproximação do mostro e assim que ele saltou para cima de mim desviei, com um salto para trás ampliado pela minha capacidade de voar. No mesmo instante brandi a espada, tentando um golpe com a lâmina afim de provocar um corte no focinho do monstro. Assim que minha lâmina o atinge, libera uma esfera de ar que impulsiona meu braço para cima com a pressão. O cão fica atordoado com o ataque, mas depois de algumas piscadas já parte para cima de mim novamente, com uma inesperada patada em minhas coxas. A armadura absorve boa parte do impacto, mas ainda sim sinto dor. Em minha mão livre nascem resistentes garras, rapidamente, e parto para cima do cão, arranhando-o duas vezes e terminando a investida com um golpe lateral e um breve recuo. Sangue suja minha mão, e o ataque não tem tanto efeito quanto eu esperava, pois o cão salta em cima de mim e me derruba facilmente. Bato com a cabeça no chão e sinto que agora sim estava em grande perigo. Tento me levantar mas uma das patas do monstro estava sobre meus cabelos [Prenderei eles quando for treinar novamente].
A boca aberta do cão se vira para meu rosto e seu bafo quase me distrai, mas a adrenalina fala mais alto. Retirando todas as forças dos meus muculos consigo erguer a espada em tempo de enfiá-la na boca do monstro, salvando minha pele, mas sendo desarmada, pois o monstro puxa a espada para o lado com a mordida e a joga para o outro, com o movimento de sua cabeça. Vejo os dentes do cão se tingirem de vermelho, certamente o havia cortado, mas ele não parecia se importar com isso. Uso meu poder antes que o monstro voltasse a me atacar e um forte brisa sopra para o sopra para o lado, ajudada por um tentativa de arranhá-lo que acaba sendo falha.

- Arrg – Urro, me levantando num pulo só e voando, antes que o cão conseguisse pular em mim novamente. Então salto em cima dele, tentando montá-lo e o arranho com ferocidade e destreza. Ele ainda se vira e consegue abocanhar uma das minhas mãos, mas por causa das garras a mordida não sai tão forte a ponta de decepá-la, entretanto causa cortes muito ardidos. Grito novamente e consigo enfim romper a uma veia vital do cão, fazendo-o sumir em poeira dourada. Cansada, doída de ferida, me deixo cair no chão da arena, mas o sátiro e um outro garoto, alto e loiro se aproximam.

- Boa luta, considerando que você é inexperiente, menina. Só não subestime monstros atacando-os assim tão abertamente, teve sorte. - Opinou o sátiro, como se me aconselhasse para um próximo treino.

- Enfaixarei sua mão com esse guento, deve melhorar rápido, mas vai arder – O garoto mal acaba de avisar e vai logo enfaixando. Abandono meu momento de descanso e alivio para soltar um grito de dor, seguido de um puxão bruto do meu braço, mas o menino o segurava firmemente, com paciência. - Pronto, tente não mexer muito...

- Obrigada – Sentia as feridas se refrescarem com o curativo. O sátiro traz a minha espada de volta e manda eu sair da arena, pois outros campistas queriam treinar. Transformo minha armadura em um cinto e aceito a ajuda do filho de Apolo [Sim, ele se apresentou. Não, não entendi qual era seu nome, mas era complicado] e saio da arena, satisfeita apesar de não ter sido uma luta tão exímia.

Assunto: Re: Treino de Emilie Gaspor Ter 12 Jun 2012, 18:34

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