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 Teste para Filhos de Hades (Setembro)

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Hades
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Hades


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MensagemAssunto: Teste para Filhos de Hades (Setembro)   Teste para Filhos de Hades (Setembro) Icon_minitimeQua 18 Jul 2012, 16:35


Teste para Filhos de Hades
Mês: Setembro

O teste é mensal e aceita no máximo três semi-deuses. O teste deverá ser mandado por aqui.

Descreva a personalidade, defeitos e qualidades do seu personagem.

Faça uma narração da sua chegada ao acampamento, descrevendo o melhor possível até o momento de sua chegada, tente contar a história do personagem narrando até o momento de sua reclamação. A narração deve conter um mínimo de 600 palavras do word.

Suponha que você já tenha sido reclamado e agora esteja entediado no acampamento meio-sangue, logo você resolve dar uma volta na floresta para se distrair, no entanto começa a ouvir barulhos estranhos, até que um filho de Perséfone surge ali. Aquele semi-deus havia desaparecido do acampamento fazia um tempo. O semi-deus é de level 3, e ele irá de atacar com intenção de matar dizendo que está ajudando a mãe dele a se livrar de um dos bastardos de Hades.

Citação :
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- Amber S. Davenport
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Última edição por Hades em Dom 23 Set 2012, 20:32, editado 1 vez(es)
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Lucy M. Davenport
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MensagemAssunto: Re: Teste para Filhos de Hades (Setembro)   Teste para Filhos de Hades (Setembro) Icon_minitimeSáb 22 Set 2012, 23:44




• Descreva a personalidade, defeitos e qualidades do seu personagem.



Amber assim como seu pai tem personalidade forte e misteriosa. Quando criança a garota já não era de amizades, com o tempo criou rancor por sua família. A jovem se tornou uma garota fria, independente e sarcástica. Quando quer alguma coisa, faz de tudo para consegui-la, até mesmo matar. Mas nunca chegara a este ponto, ainda. Amber tem muitos defeitos, gosta que todos façam o que pede, é mandona e imprevisível. Uma de suas maiores qualidades é a sinceridade.



 • Faça uma narração da sua chegada ao acampamento, descrevendo o melhor possível até o momento de sua chegada, tente contar a história do personagem narrando até o momento de sua reclamação. A narração deve conter um mínimo de 600 palavras do word.



A garota nasceu no dia 1 de Outubro de 1995, em Stanford, Canadá. Viveu somente com sua mãe, nunca sabendo da existência de seu pai, que após engravidar sua mãe, desaparecera do mapa, nunca entrando em contato com a mesma. Sua mãe era artista plástica, tornou-se muito famosa em seu meio de trabalho, surgiu uma proposta inegável para uma vaga em uma das maiores empresas localizada nos Estados Unidos, a pequena menina sentiu-se triste ao ter que abandonar seu local de origem, deixar seus amigos e parentes para trás, mesmo tendo uma chance de vida melhor em outro lugar. Após chegar aos EUA, Amber foi matriculada num dos melhores colégios do estado, mas não passou muito tempo por lá, pois descobriu-se que a garota tinha TDA, era uma criança interativa, diferente das outras, obtinha certa dificuldade em estudar, o que não era sua culpa, pois esforçava-se ao máximo.



Sua mãe estava preocupada com a garota, pensará em largar o emprego para ajudar Amber nos estudos, mas a garota não ia deixar a mãe estragar o próprio sonho, sua mãe já estava no auge da carreira. Aos 10 anos de idade, a jovem fugiu de casa, pensava que seria bom para sua mãe. Em um dos becos de Nova York, a garota encontrou seu primeiro monstro, uma Empousa. Não tendo nenhuma habilidade, nenhuma arma para usar, conseguiu escapar por pouco. Depois de exatamente 3 semanas, Amber voltou pra casa, alguns policiais a acharam, quando furtava um Kwik e Mart. Desde quando a garota fugiu, aquele dia em que enfrentou a criatura, a jovem soube que não era uma pessoa comum.





                                                ---Chegada ao acampamento---


O dia começara como qualquer outro, porém, seria o primeiro dia no colegial para a jovem, Amber. Sua mãe havia saído cedo para o trabalho, a garota tratou de cuidar da sua alimentação e higiene matinal,  vestida com o detestável uniforme do colégio, esta saiu de casa, carregando sua bolsa nas costas. As ruas de Nova York encontravam-se agitadas, pessoas caminhando e veículos buzinando na avenida, a garota passa rapidamente entre as pessoas, talvez, porque havia atrasado no horário, caso chegasse tarde demais no colégio, não entraria nem no pátio do local. escutando uma de suas bandas favoritas em seu I-Pod, foi cantarolando a música pelo trajeto. Um baque, os livros e I-Pod jogados no chão, acompanhados de uma mochila esfarrapada e uma lata de metal estraçalhada. Amber encontrava-se sentada no chão de granito da rua, o garoto baixo de cabelos extremamente ruivos estendeu-lhe a mão, com um sorriso sem jeito nos lábios, - Desculpe - disse o garoto, sua voz era grossa e envergonhada. A primeira coisa que a jovem notou foi a camisa laranja chamativa, ao tentar ler o que estava escrito, as palavras se embaralharam, formando... - Acampamento Meio-Sangue? - perguntou a menina, curiosa. O garoto de cabelos ruivos ficou surpreso, erguendo a menina pelas mãos - Você consegue ler? - Perguntou ele, pasmo. - Sim - respondeu ela, um pouco insegura. 



O garoto começou a andar de um lado para o outro, murmurando para si mesmo. Ele parecia estar pensando em alguma possibilidade, alguma coisa bastante seria. Suas palavras eram baixas e inaudíveis, mas então ele pareceu entrar em concenso com si proprio... - Você conhece mitlogia grega?- ele perguntou enquanto apenas era encarado pela garota que assentiu um pouco depois. - Então, monstros, deuses e tudo mais o que tem na mitologia existe. Até mesmo casos entre deuses e mortais... E destes casos nascem crianças que carregam o sangue divino, um fardo que lhes é dado e continua por toda a sua vida. E eles são chamados de semideuses - Aquelas palavras não podiam ser verdade, não existem deuses, monstros ou até mesmo esses tais semideuses, pensou a menina para si. Isso não pode acontecer... E então o garoto encarava Amber. - Você não está acreditando em mim, certo? - apenas assenti positivamente, então ele tirou seus tênis e me mostrou dois cascos de bode ao inves de pés, a garota deu alguns passos para trás ligeiramente tonta, tudo aquilo em sua cabeça, não foi uma coisa boa para a garota, sua visão tornou-se turva, os sons a sua volta, foram silenciado em questão de segundos. Esta caiu completamente inconsciente.



Amber despertou meio tonta, em um lugar não conhecido pela garota, o sujeito de pés de bode, encontrava-se próximo a cama da garota - Onde estou? - perguntou a menina, sua voz soou fraca e rouca, o garoto de cabelos ruivos riu-se - No acampamento Meio-Sangue, seja bem vinda, jovem semi-deusa! - respondeu-lhe, dando um sorriso. Desde então, o acampamento tornou-se o novo lar da garota, mesmo não gostando muito dessa ideia, em uma das noites de fogueira no acampamento, Amber foi proclamada filha de Hades, o deus do submundo.







 • Suponha que você já tenha sido reclamado e agora esteja entediado no acampamento meio-sangue, logo você resolve dar uma volta na floresta para se distrair, no entanto começa a ouvir barulhos estranhos, até que um filho de Perséfone surge ali. Aquele semi-deus havia desaparecido do acampamento fazia um tempo. O semi-deus é de level 3, e ele irá de atacar com intenção de matar dizendo que está ajudando a mãe dele a se livrar de um dos bastardos de Hades.



Era uma noite como outra qualquer no acampamento, já havia soado o toque de recolher e todos já se encontravam em seus devidos chalés. Menos eu, é claro. Gostava do perigo, já haviam me avisado que as harpias poderiam comer os campistas que estivessem fora da cama, quando já havia soado o toque de recolher. Falavam que um dos lugares mais perigosos do acampamento era a floresta, resolvi dar uma olhada, sozinha. Meus passos faziam ecos pelo acampamento, ouvia guinchos e barulhos esquisitos a minha volta, olhando a cada instante para ver se não tinha ninguém por perto. Visualizei a floresta densa e escura, dando o primeiro passo para entrar. Ouvi um barulho entre os arbustos, não havia mais tempo para escapar, era ficar ali e lutar ou morrer devorada por uma harpia ou um monstro. Tirei meu anel duplo de caveira dos dedos, no mesmo instante, ele se transformou em duas adagas de ferro estígio.



Um campista que parecia estar nervoso, saiu dentre os arbustos, fitei o garoto, levantando uma de minhas sobrancelhas - Está ficando louco? O que faz a essa hora? Já passou do toque de recolher. - Disse ao garoto, num tom frio. - O que você pensa que está fazendo, falando desse jeito comigo? - Vociferou o garoto. - Olha como fala... - Disse num tom ameaçador. O garoto tirou um chicote do bolso de trás, o girando na mão esquerda - Deve ser uma filha de Hades... - Disse o garoto com um sorriso sarcástico no rosto  - Será um prazer matá-la por minha mãe! - Exclamou o garoto avançando até mim, batendo seu chicote. Girei para o lado, não deixando seu chicote me tocar por um triz, o garoto queria lutar? Está certo, se era briga o que ele queria, é o que ele vai ter. Dei um sorriso sarcástico para o garoto - Quer brincar, prole de Perséfone? - Disse num tom frio.



Girei as duas adagas em minhas mãos, procurando um local para acertar o garoto, mas ele não parava de se mexer - O que é? Vai dançar agora? - Exclamei ameaçadora. Girei com a lança posicionada no canto esquerdo da barriga do garoto, que se esquivou, bufei alto, tentando acertá-lo mais uma vez com minhas adagas, raízes brotaram do chão, pretendo meus pés, comecei a me mover, com tentativas falhas. O filho de Perséfone sorria, como se ele fosse ganhar. As raízes subiam por meu tornozelo. Comecei com uma série de golpes com minhas adagas nas raízes, consegui mover meus pés, os pedaços das raízes ficaram caídos pelo chão, fitei o filho de Perséfone, que me olhava atentamente, esperando meu movimento, girei minhas adagas - O que é, prole de Perséfone? Está com medo de perder? - Disse calmamente, rindo maleficamente. Joguei uma de minhas adagas com agilidade, com o ataque surpresa, o filho de Perséfone recebeu apenas um pequeno corte de raspão em seu braço esquerdo.



O garoto grunhiu, me atacando com seu chicote, que bateu em minhas costas, me jogando pro lado. Levantei-me meio tremula, em minhas costas, três marcas vermelhas quase sangrando, respirei fundo, levantando a cabeça para fitar a cria de Perséfone - Você mexeu com a pessoa errada! - Exclamei, lançando minha segunda adaga que se encontrava em minha mão direita, a adaga cravou-se no ombro do garoto, que caiu de joelhos no chão, arfando. Retirei meu bracelete, que se transformou numa foice negra, de quase dois metros, a bati com força no chão, um buraco cresceu onde o garoto estava. O menino caiu, gritando de dor, quando bateu no fundo. Cheguei mais perto para ver o garoto - Pense bem, antes de vir machucar uma filha de Hades, garoto. - Disse friamente - Ah, e cuidado com os monstro que o cercam, reze aos deuses para eles não te acharem - Disse para o garoto, com uma risada maléfica.



Caminhei até minhas adagas pegando-as, desativei-as, elas viraram no meu anel duplo novamente, colocando-o na mão direita, também desativei minha foice, colocando o bracelete em meu braço esquerdo. Sai da floresta antes que algo mais aparece-se para lutar, voltando para o chalé de Hades, não iria contar a ninguém do garoto filho de Perséfone que havia achado, que os campistas ou sátiros o encontrassem, antes que um monstro aparecesse para pega-lo, ri comigo mesma, indo ao banheiro para tomar um banho, depois daquilo tudo me sentia um pouco suja, deixei a água quente cair sobre meu ferimento que ardeu um pouco. Após o banho, vesti um baby-doll de caveirinhas preto, deitando-me em minha cama, meus irmãos todos já dormiam, apenas ouvia seus roncos, que ecoava pelo chalé, fechei meus olhos, tentando dormir, depois dessa exaustiva luta.
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Hades
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MensagemAssunto: Re: Teste para Filhos de Hades (Setembro)   Teste para Filhos de Hades (Setembro) Icon_minitimeDom 23 Set 2012, 20:29


Reclamada

Houve alguns erros, porém nada extravagante. Tome cuidado com a mudança de terceira para primeira pessoas. Mande-me mp com os presentes de reclamação escolhidos.
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Alícia Ashford
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MensagemAssunto: Re: Teste para Filhos de Hades (Setembro)   Teste para Filhos de Hades (Setembro) Icon_minitimeSáb 29 Set 2012, 11:59

• Descreva a personalidade, defeitos e qualidades do seu personagem.

Alicia é uma adolescente de 17 anos que diferente dos demais jovens de sua idade, tem suas particularidades excêntricas e um tanto incomuns que a tornam única. Sua principal característica sem dúvidas é o sarcasmo com o qual leva a vida, sendo irônica a maior parte do tempo e assim arrancando risos dos que vivem ao seu lado. É uma garota tímida em partes.. ousadia e audácia nunca foram substantivos que a caracterizassem. Talvez isso somado ao seu amor a leitura acabe fazendo-a parecer uma cdf, o que decerto é um equívoco. Ela é muito talentosa com a música e faz disso seu principal hobby.

• Faça uma narração da sua chegada ao acampamento, descrevendo o melhor possível até o momento de sua chegada, tente contar a história do personagem narrando até o momento de sua reclamação. A narração deve conter um mínimo de 600 palavras do word.

Passo por um problema que nem mesmo eu entendia.. até agora: sempre acreditei que matar não vale a pena. E com isso sofro, vendo tanta impunidade no mundo conturbado em que vivo. Mas isso acaba de mudar, pois decidi que vou lutar contra isso.. vou tentar evitar que tantos percam suas vidas em vão. Pra quê uma guerra ou uma batalha onde muitos perdem suas vidas se há uma segunda opção pacificadora?

Perdida nesses pensamentos nem percebo que o sol nasce a leste e seus primeiros raios invadem a janela do meu quarto. Estou deitada com um livro em mãos ouvindo minha mãe discutir sobre algum provável projeto novo. Ela é uma arquiteta de renome aqui em Londres.. muito talentosa e primorosamente hábil. Levanto-me da cama e algo abruptamente suga toda a luz do recinto, como se a janela estivesse bloqueada e nenhum raio de sol conseguisse ultrapassá-la. Ergo a cabeça um pouco tonta tentando me equilibrar e focar minha visão em algo inteligível mas tudo que vejo é uma sombra que me dá arrepios.

Não tenho o que fazer enquanto minha visão se ajusta a escuridão e meu cérebro trabalha incessantemente à procura de algo no mínimo parecido com o que está diante de mim, o que acaba sendo em vão.

▬ Wow ▬ é tudo que consigo emitir enquanto deixo meu corpo ereto diante da sombra.

Ouço algum tipo de regozijo animado saído da sombra e em seguida consigo identificar sua forma. Um homem alto e esbelto em seu terno preto sorri em minha direção. Seus olhos negros e insondáveis parecem brilhar, de orgulho talvez? Encaro-o de cima a baixo e minha expressão não deve ser das melhores. Demoro-me em sua roupa sinistra: o terno parecia tremeluzir nos poucos feixes de luz que o tocavam. Enquanto faço minha análise, o estranho se pronuncia.

▬ Como você cresceu Alícia! ▬ Ergo a sobrancelha desconfiada.. quem diabos é esse louco emo? O homem continua rindo.. parecia se divertir com algo.

▬ Hmm.. Oi? “Ta rindo do quê cara?” questiono silenciosamente.

▬ Seus pensamentos.. eles me divertem ▬ rebate ele casualmente como se estivesse lendo meus pensamentos insanos.

O quê? Calminha aê.. isso não é nem um pouco normal..

▬ Quem é você? ▬ questiono impaciente.

▬ Sou seu pai, oras.

Sua voz grave reverbera pelo quarto.. seu tom deixa claro que aquilo é óbvio, pelo menos pra ele.

▬ Cara.. na boa, meu pai provavelmente está morto.. ▬ digo, fazendo um esforço para abordar um assunto que a dezessete anos evito mencionar ▬ Ou pelo menos nem sabe da minha existência.

▬ Talvez.. e não. Estou bem aqui para discutir umas particularidades com você. Graças a sua amada mãe.. ▬ senti uma pontada de ironia explícita? Começo a me assimilar a esse cara. ▬ Você não deve saber de nada, mas eu sou um Deus.. um daqueles olimpianos, conhece?

▬ Já vi histórias.. mas são Histórias ▬ respondo, enfatizando a última palavra.

▬ Enfim, sou Hades, o Deus do mundo Inferior e não aprovo que uma filha minha se posicione contra a morte. ▬ Suas palavras indicam uma certa superioridade.. mas ainda não sei o que pensar quanto a tanta informação.

▬ Espera.. você, Deus, se deu o trabalho de vir aqui pra implicar com meu modo de pensar? Ah.. tenha dó! Então explique o porquê de nenhum monstro ter vindo me matar já que sou filha do todo poderoso Hades?

Minhas palavras provocaram algum tipo de reviravolta em seu antes bom humor. Percebo que agora ele fala com mais cuidado.

▬ Primeiramente, você mora em um país tecnicamente seguro e sem monstros. Por isso ainda está viva. Segundo, o que acha que vão pensar de uma filha do Deus dos Mortos que não concorda com.. a Morte?

▬ Não me importo com o que pensam moço.. se é que isso é real. Devia ter orgulho da minha personalidade excêntrica ▬ respondo com sarcasmo ▬ Além do mais, que diferença faz se eu estou longe da esfera dos Deuses?

▬ A diferença é que vim te buscar.. de agora em diante viverá no Acampamento Meio sangue que fica em New York. A diferença é que agora terá de adotar uma postura de semideusa, e a principal diferença é que terá de lutar daqui em diante.

Começo a protestar, mas em uma fração de segundos Hades se aproxima de mim e igualmente rápido toca meu ombro. Dali em diante não entendo mais nada. Sou sugada para algum tipo de escuridão eterna que estraga meu raciocínio lógico e deixa meu estômago revirado. Não sei dizer quanto tempo permaneci nesse estado de tortura, mas em algum momento sinto minhas costas sobre uma terra macia e o cheiro de mato invade meus pulmões.

••••• •••••
Levando-me do chão e me avalio.. agora em roupas casuais e não pijama. Meu violão cuidadosamente repousado está a minha direita e uma mala gigante está a minha esquerda com um papel negro repousado sobre ela. Aproximo-me e pego o bilhete em que a escrita em branco dificulta minha leitura. As palavras são sucintas e óbvias, escritas com uma letra caprichada.

Querida filha.. você está diante do Acampamento Meio Sangue. Aí dentro terá todo tipo de treinamento e proteção dos quais precisará. Aqui você saberá ajustar seu posicionamento quanto à necessidade da Paz equiparada a guerra. Deixei um bilhete pra sua mãe, fique tranquila. Estarei de olho em suas atitudes.. não me decepcione. E não se esqueça: “Nesse mundo, nada é certo alem da morte.”

Ah, ok. Então depois de me arrastar a força para um lugar desconhecido e questionar meu modo de ver a vida, meu pai me abandona novamente com um bilhete rápido e prático. “Espero que esteja certo, Pai”, penso enquanto caminho para a entrada do Acampamento que de agora em diante será minha casa.

• Suponha que você já tenha sido reclamado e agora esteja entediado no acampamento meio-sangue, logo você resolve dar uma volta na floresta para se distrair, no entanto começa a ouvir barulhos estranhos, até que um filho de Perséfone surge ali. Aquele semi-deus havia desaparecido do acampamento fazia um tempo. O semi-deus é de level 3, e ele irá de atacar com intenção de matar dizendo que está ajudando a mãe dele a se livrar de um dos bastardos de Hades.


Acordo irritada com os gritos de alguns campistas escandalosos. No meu seleto chalé não há mais ninguém além de mim. Olho o relógio, oito horas. Essa mania de pontualidade que rege os campistas nunca me fora agradável. Levanto-me e tomo um banho, vestindo a costumeira blusa do acampamento e um moletom. Prendo meu bracelete foice para o caso de algum treino e pego meu mp4 player. Não tenho o que fazer esta manhã, só pra variar. Os treinos na arena nunca me foram atrativos.. então decido apenas por caminhar ao sol pela campina.

Ligo o mp4 e simplesmente deixo que a playlist principal seja reproduzida, começando por Fun. O sol brando de outono incide sob meus olhos e a brisa leve brinca com meus cabelos soltos. Eu apenas respiro fundo, o cheiro forte dos morangos se apossa de minha mente enquanto aproveito um dos poucos momentos de solidão que eu teria durante o dia.

A música, sem a qual eu não viveria, dá certo tom de histeria ao momento e em resposta começo a correr vagamente pela campina. Não vejo o tempo passar e quando me dou conta estou na floresta do acampamento. O sol não penetra as árvores altas e densas que me rodeiam, o ar está úmido e frio. Reduzo o ritmo da corrida pois o próprio solo dificulta minha orientação. Em algum momento a floresta deixa de ser silenciosa e passa a retumbar um ruído no mínimo misterioso. Meus passos agora são taciturnos e bem escolhidos enquanto caminho no rumo do som.

Na margem de um pequeno lago se encontra um garoto sujo e maltrapilho que parecia colher algumas plantas. Seus olhos encontram os meus e abruptamente se enchem de ódio. Eu apenas permaneço sem entender nada enquanto ele se levanta com dificuldade do chão, sua perna direita está gravemente ferida.

▬ Ei.. você não é o garoto que todos estão procurando? Finalmente te encontrei! Como conseguiu se perder aqui? ▬ questiono inocentemente.

O garoto, Dean é o nome lembro ter ouvido, me encara ferozmente e sorri de forma maliciosa.

▬ Exato.. eles me procuraram. Errado, não me perdi aqui. Apenas não quis mais ficar em meio a tanto meio-sangue inútil. Aqui eu estava seguro, até encontrar aquele maldito cão infernal. Aqui eu sei me virar sozinho sem ter que seguir as regrinhas ridículas daquele centauro. Só não contava com esse ferimento. E não contava com poder fazer a felicidade de minha mãe enquanto mato um dos bastardos de Hades.

Tento processar as informações.. um renegado que quer vingança? Não sei.. mas o olhar do filho de Perséfone exala uma certa loucura. Quando ele consegue se firmar de pé avança em minha direção com um chicote em mãos. Ativo minha foice que cresce rapidamente em minha mão direita.

▬ Dean.. não quero ter que te machucar. Mas se preciso vou me defender ▬ digo segundos antes de me dar conta das raízes que prendem meus pés.

Espero que ele recue, mas ao contrário ele se aproxima lentamente. Tento me livrar dos cipós que prendem meus pés, em vão. Por onde ele pisa, as plantas murcham e secam. Ergo a foice com perícia e arranco as raízes do chão, fazendo um estrago na terra. Giro a arma mais uma vez, e dou um passo a frente fazendo com que a foice alcance o garoto que estava a pouco mais de um metro de distância. A lâmina perpassa o ar em uma fração mínima de tempo e vai de encontro a sua perna esquerda, a que o sustentava. Dean desaba no chão e eu contenho o impulso de ir até lá ajuda-lo lembrando da arma que está em sua mão. Dou um passo em sua direção observando-o de cabeça baixa.

▬ Renda-se e podemos ir até a enfermaria cuidar desses ferimentos.

Ao ouvir minha voz, o filho de Perséfone levanta a cabeça e me deixa sem opções de defesa quando lança seu chicote em minha direção. A arma ricocheteia no ar e vem de encontro ao meu rosto, fazendo um corte superficial na minha bochecha. A ferida queima e atrapalha minha visão e concentração, mas começa a se curar sob a sombra das árvores. Aproveito que sua arma não está em posição de ataque para avançar até ele com passos longos e bater o joelho na sua têmpora com toda força que reúno.

O garoto desaba no chão, inconsciente. Agarro seu colarinho e fecho os olhos, concentrando-me no ambiente para viajar através das sobras das árvores até a orla da floresta onde grito pela ajuda de algum campista. Muitos observam a cena estranha e correm até mim, tomando consciência de que eu resgatara o garoto perdido. Instruo-os a levarem-no para a enfermaria enquanto vou até Quíron relatar o ocorrido e clamar por alguma atitude quanto ao garoto revoltado.

Apenas rezo a Hades para não mais encontrar Dean enquanto aguardo um curandeiro consertar minha face.



Código:
Poderes Usados:
- Sombras que Saram I

Armas:
- Foice Obscura - A foice tem cerca de dois metros de altura e a lâmina curva é feita de ferro estígio. A arma possui a capacidade de abrir fendas na terra, além de que quando corta um inimigo tira duas vezes mais do que o normal, já que a arma tem a capacidade de afligir tanto o físico quanto o espiritual. Quando não ativada possui a forma de um bracelete spike.
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Arya W. Lewins
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Arya W. Lewins


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MensagemAssunto: Re: Teste para Filhos de Hades (Setembro)   Teste para Filhos de Hades (Setembro) Icon_minitimeSáb 29 Set 2012, 13:24



Ficha de Reclamação


nome: Arya "Wilá" Lewins idade: 14 anos




Descreva a personalidade, defeitos e qualidades do seu personagem. Arya não pode ter uma "personalidade pré-definida". Em dias normais, principalmente antes de ir para o Acampamento, era uma menina teimosa, tímida e durona com os mais íntimos, embora para os desconhecidos parecesse uma princesa: educada, distante e um pouco fria. Ela tem um pouco de medo em expressar seus sentimentos na frente das outras pessoas pois ela está acostumada a levar punhaladas nas costas, o que da a Lewins um estado de sempre estar alerta e ser desconfiada.
Nos dias atuais, a garota não se importa muito com as outras pessoas: fria, calculista, não se importa muito com o que deve fazer para cumprir os seus objetivos.
Em breve resumo, Arya Lewins tem múltiplas personalidades, sendo as descritas a cima as "principais". Dependendo do dia, ela também é extremamente irritadiça, ficando chateada com o argumento certo. Suas personalidades também podem mudar bruscamente, sem aviso prévio.
Ela também é uma traça de livros e pintora genial, embora costume evitar o contato com as outras pessoas embora se dê muito bem com animais e monstros. Com certeza, é alguém imprevisível e impetuosa: embora seja boa em seguir ordens, pode mudar totalmente o rumo da missão para atender seus interesses.

Dificilmente se abre para alguém, mas é uma companheira relativamente confiável caso seja sua aliada. Arya é uma pessoa instável e tem crises de lapso de memória as vezes, embora ela volte ao normal em alguns segundos.

Não tem um estilo de combate pré-definido, embora sempre costume atacar pelas costas em vez de atacar de frente. É bastante adaptável a situações adversas.

Faça uma narração da sua chegada ao acampamento, descrevendo o melhor possível até o momento de sua chegada, tente contar a história do personagem narrando até o momento de sua reclamação. A narração deve conter um mínimo de 600 palavras do word.

Se eu pudesse voltar no tempo... onde um futuro desse tipo poderia não ter acontecido. Se, naquele dia, eu não tivesse te conhecido, esse poderia ter sido um mundo inesperadamente chato.
Naquele dia... muito comum... Naquele dia, eu estava esfregando meus olhos vermelhos. Naquele dia ofuscante de verão... Certamente ... Eu não vou esquecê-lo amanhã, também.


Amber, Maine


Era o inicio do verão, as aulas acabariam em menos de um mês e eu estava sendo transferida de colégio. A vida era absolutamente ordinária, tão ordinária quanto poderia ser para mim.
Minha mãe havia morrido quando eu nasci e meu pai antes disso, então fui mandada para um orfanato. Aos três anos de idade, fui adotada mas menos de um ano depois, me mandaram de volta pois o casal tivera um filho.

Agora... bem, agora minha guarda estava nas mãos de uma empresa de advocacia. Parecia que meu pai era membro deles antes de morrer e havia pedido no testamento para que cuidassem de mim, então...
Em breves palavras, eu era rica embora odiasse isso. Eu morava sozinha na cidade, em um apartamento flat. Eu normalmente tinha problemas na escola, mas não eram culpa minha.

A minha relação com as pessoas... bem, era complicado.
Quando alguém se aproximava demais, coisas ruins aconteciam.

Mas, lá estava ele. A partir daquele dia, o mundo mudaria e os céus começariam a se mexer, na sua trama eterna para me destruir.

- Muito bem, todos sentados - pediu o professor - Temos uma nova estudante hoje!

- Ah... Meu nome é Arya. É um prazer conhecer todos vocês.


Aqueles olhos azuis estavam lá, me observando. Os cabelos loiros eram tão claros que pareciam ser brancos e ele era uma estranha mistura de príncipe e rebelde.
Eu sorri, me refletindo quanto tempo eu aguentaria.

Alguns meses depois...

Sentada naquele balanço como sempre, eu olhava a neve cair preguiçosamente naquele dia 4 de fevereiro. O dia estava agradável e frio, as nuvens cobriam o céu, mas haviam veios de luz entre elas.

Alguém colocou um fone de ouvido na minha orelha e eu apreciei a musica por uns segundos. Depois, falei o nome da musica e da banda.

- Correto novamente - informou Joseph, se sentando no balanço ao lado, nós dois ligados pelos fones de ouvido. Na sua mão direita, ele carregava uma garrafa térmica e na esquerda, a sua mochila.

- Parece aquele dia -falei, remexendo a neve aos meus pés sem ter nada para fazer. Um floco caiu no meu nariz e se desfez em água. O menino de cabelos louro-prateados também olhou para o céu com a memória.

- Aquela foi a primeira vez que você chamou o meu nome - ele se lembrou - Agora você me chama basicamente todos os dias para te ajudar.

- Ei! - critiquei ele. Seph estendeu para mim um copo fumegante de chocolate quente que ele havia servido - Hoje você vai cozinhar.

- O que? -
ele falou, chocado, olhando para mim. Como resposta dei um sorrisinho - Você não estava falando que ia comer uma pizza agora a pouco?

- É o meu pagamento -
expliquei, tomando um longo gole do chocolate fumegante - Você é o melhor cozinheiro que já vi.

- Obrigada, srta. Lewins -
ele respondeu enquanto eu passava a xícara para ele - Aposto que você come porcaria todo o dia. É mesmo uma criança!

- Sim, sou uma criança! -
falei para ele, dando a língua. Seph tomou um gole de chocolate quente como resposta - Hey, Seph. Obrigada por resolver para mim o problema da Lisa outro dia. Se eu fosse expulsa por causa daquilo, não saberia o que fazer.

- Isso não é óbvia? Eu iria atrás de você se você fosse expulsa, Arya -
ele falou, guardando o chocolate quente na mochila - Sei que não foi uma ilusão, a Lisa. Confio em você. E você não duraria cinco minutos sem mim.

- Obrigada -
disse, irônica - Quem é a criança aqui, agora?

- Continua sendo você.

- Ah, vai catar...! -
eu me interrompi no mesmo instante, depois de refletir um instante - Quer saber, é verdade. Se eu fosse uma adulta, me sentiria realmente desprotegida. Diferente de você, eu sou uma idiota. Não posso fazer nada por mim mesma, uma realmente inútil. Se eu não tivesse os adultos para me ajudar, não sei o que faria.

- Você é sincera demais -
Joseph comentou, bagunçando os meus cabelos. Os fios negros se espalharam pela minha face e eu encarei seus olhos azuis, embora ele olhasse para algum ponto do horizonte. Eram estranhos: límpidos, claros e cristalinos, como uma lagoa. Mas eram quentes e passavam uma sensação de tranquilidade - Eu te ajudarei a resolver os seus problemas, você sabe.

- Masoquista. Eu queria te ajudar também -
ambos rimos.

Antes de irmos para a minha casa, passamos na loja de conveniência para comprar o que precisávamos para fazer um jantar. Eu era uma grande desastrada em cozinhar e minhas habilidades só atingiam dois campos: desenho e leitura. Notas? Desastre. Esportes? Desastre. Tarefas domesticas? Desastre.
Literatura? Desastre.

Eu tinha dislexia e mesmo assim gostava de ler. Eu sei, isso é estranho. Esse habito foi passado a mim por uma amiga minha chamada Lea: ela era muito estranha. No colégio, ela era uma loba solitária igual a mim, quando nos tornamos amigar era muito estranho nós ver juntas. Também era um rato de biblioteca que amava contos mitológicos e historia onde meninas viravam mais que amigas.
Haviam vários livros desses na biblioteca, até ela roubar todos. Ela fez a sua própria biblioteca particular, então... coisas ruins aconteceram…

Já desenho... bem, eu já era boa nisso quando era pequena, mas desenhar virou verdadeiramente um habito quando eu estava sobre a guarda de uma mulher chamada Violet. Ela tinha bastante dinheiro e era bem rica, porém não tinha filhos. Foi a última pessoa que me foi a minha tutora antes de eu ficar na custodia da empresa de advocacia, mas ela queria ser minha mãe adotiva.
Em poucas palavras, a minha vida lá era um inferno. Haviam duas pessoas que eu gostava lá: Lucca, um empregado italiano que deveria ter uns dezessete na época e um menino.

Se eu desenhava, era culpa daquele garoto. Não me lembro do rosto ou do nome dele, mas por alguma razão não podíamos nós falar, então desenhávamos. Talvez ele tivesse mais ou menos minha idade nós dias de hoje. Alguns meses mais velho, talvez?
Coisas ruins aconteceram com aqueles dois também.


- Arya? Está tudo bem? - Seph perguntou. Eu havia ficado um pouco aérea alguns momentos. Eu corei e peguei a sacola de supermercado.

- Sim. O que teremos para a janta hoje? - perguntei para o garoto. As vezes eu me perguntava onde Joseph morava: costumávamos nós encontrar no parque onde eu estava depois das aulas e ficávamos andando pela cidade ou íamos até o meu apartamento.
Havia uma espécie de acordo entre mim e Seph: exceto pela hora do almoço onde poderíamos fugir da sala, não conversávamos na classe. Pessoas poderiam entender aquilo de maneira errada: eu era a menina mais popular e odiada da sala e ele o garoto mais popular da escola. Normalmente, ele fazia varias meninas chorarem quando recusavam as suas declarações e eu... bem, os meninos haviam parado de me encher quando perceberam que eu não queria nada com ninguém mas eu ainda recebia bilhetinhos e era bastante odiada pelas meninas.

Uau, que novidade. Me odiavam. Pelo menos, nada mais grave havia acontecido... que Seph ficasse sabendo. De certa maneira, ele e Lea eram iguais: extremamente possessivos. Lea se virou contra varias pessoas para me proteger, igual a Seph...
Eu não conseguiria meter os dois em apuros por uma situação tão simples.

- Eu estava pensando em fazer bife a bife de frango parmegiana e macarrão ao alho e óleo - ele comentou, corando. Minha boca se encheu de água com a perspectiva de comer algum macarrão que não fosse yakisoba comprado no restaurante chinês ou noodles instantâneos.

- Ah, é mesmo! Sua mãe é da italiana, né, Seph? - perguntei e imediatamente percebi que não deveria ter tocado no assunto. Eu evitava falar sobre a minha família com outras pessoas, mas para ele... aquilo era um verdadeiro tabu.

- É o que me dizem - ele comentou, frio. Sua voz era como uma lagoa... clara, fria. Estranha.
Então paramos repentinamente e eu tampei a minha boca para não gritar. Outra pessoa fez isso por mim, uma menina que tinha uns doze anos.

A visão era terrível e, de certa forma, eu não conseguia parar de olhar para ela. Do outro lado da rua, o pequeno corpo estava incapaz de fechar os olhos. Ele olhava para o céu que começava a escurecer, buscando alguma estrela. A neve ficava vermelha e derretia com o contato com o seu sangue.

O menino estava morto, pedaços de vidro fincados no seu corpo e seus membros espalhados em posições estranhas. Ele havia sido atropelado por um caminhão.

Eu queria ir até a menina que chorava e consola-la, mas Seph tampou os meus olhos. Um coro inquieto ressoava nos meus ouvidos, dizendo que aquilo estava errado... não era a hora ainda. Aquilo não precisava de acontecer...

- Não olhe - ele me aconselhou. Eu queria agradecê-lo por ter feito aquilo, caso contrario, nunca desviaria os olhos do corpo. Mas eu queria ter uma última visão daquilo... - Vamos por outro caminho, ok?

O seu tom de voz tornava claro que o acidente não era a única coisa que o fazia sugerir aquilo.



Cozinhamos e comemos em silencio chegando em casa. Como poderíamos ter uma noite animada se havíamos visto o futuro ser pisoteado do outro lado da rua?
Não aguentando mais o clima tenso que havia se instalado na mesa, eu me levantei e fui até o banheiro. Trancando a porta atrás de mim, liguei a torneira e me encarei no espelho. Meu cabelo negro estava um pouco desgrenhado e a minha pele mais pálida que normal. Assim como Seph, eu também tinha olhos azuis, embora fossem mais escuros e tivessem pequenas manchas de cor mais clara. De qualquer forma, aqueles eram olhos amaldiçoados.
Quem olhasse para eles desaparecia. Havia sido assim com ele, com Lucca e com Lea. Quanto tempo demoraria para que Seph também deixasse de existir?

Por que... por que eu ainda não havia desaparecido? Por que eu tinha que aguentar toda a dor dos que ficaram?
Em um gesto instintivo, eu ergui a minha mão e quebrei o espelho. Os cacos feriram meu punho e alguma força me empurrou para trás. Eu bati a minha cabeça contra a porta e minha visão ficou escura.

Eu tinha uma leve sensação do que acontecia a minha volta... a porta se abriu, Seph gritou. Me senti sem peso, então senti o chão em baixo de mim. Quando abri os olhos, aqueles dois olhos azuis me encaravam com intensidade.
Gritei e tampei o meu rosto.

- Não olhe! - implorei, chorando. A minha mão ferida doía demais, mas eu não me importava com isso - Por favor, não olhe! Se você olhar, vai desaparecer também!

- Arya... -
Seph falava com a voz tranquila. Alguma coisa quente como um cobertor caiu sobre a minha cabeça e eu a agarrei, tentado cobrir o rosto. A sensação era ligeiramente familiar... o moletom de Seph? A musica encheu os meus ouvidos e eu senti aquela mão quente do lado do meu rosto. Ele tirou as minhas mãos de cima dos meus olhos e me encarou fixamente - Eu também vivo com medo de desaparecer, mas a vida não seria bem melhor com isso?

Eu o abracei e as lagrimas rolaram pelo meu rosto. Seph ainda estava do meu lado, me consolando, quando eu parei, mas ele não fez nenhuma tentativa de tentar me fazer parar de chorar.
Eu me afastei um pouco do seu ombro e corei, percebendo o que havia feito. Tentei me afastar e encostei com a minha mão direita no chão. Gritei. A dor foi forte e a recolhi contra o corpo, manchando meu uniforme com sangue.

- AH! Me desculpe! Só um instante, Arya! - ele parecia surpreso, como se tivesse esquecido completamente do estado da minha mão. Se fosse possível, ele estava ainda mais vermelho que eu. Seph pegou sua mochila, foi até mim e fez um curativo improvisado.

- Não... está tudo bem. Você queria ser médico, Seph? - falei, observando o curativo. Era incrivelmente bem feito e parecia que o garoto mantinha itens de primeiros socorros consigo.

- Não, é apenas um truque útil que eu aprendi - ele disse, constrangido. Eu desviei o olhar pois não havia mais nada para fazer - Arya, você é surpreendente. A cinco segundos atrás, você estava chorando e agora já voltou para a sua personalidade alegre.

- C-cale a boca! -
falei, corando bastante. Eu ia usar a minha mão direita para tampar meu rosto, mas a dor me impediu de fazer qualquer coisa. Suspirei - Ei, Seph...

- Certo. Isso é tão bonitinho que me faz querer vomitar. Podem parar logo com isso e começarmos a falar do que importa? -
uma voz feminina perguntou. Me virei rapidamente: havia alguém no vão da porta - Arya Lewins... eu estou aqui para tomar a minha alma de volta.

Aquela era... eu? Os mesmos cabelos negros, os mesmos olhos azuis... Porém ela tinha uma aparência psicopata no rosto. Com a mão direita, segurava um pedaço de vidro.

- Há quanto tempo - comentou Seph. A menina imediatamente o encarou e ficou pálida - Arya… Fuja. Você sabe bem onde me encontrar. Fique o mais longe que puder.

- Você... Você!! -
a outra eu gritou. Eu simplesmente queria me encolher - Sabe o que é ficar presa naquela droga de espelho por seis anos??

- Você não se lembra do Tártaro? -
ele perguntou. Eu me perguntava como Seph queria que eu fugisse naquela situação, exceto que ele esperasse que eu pulasse a janela...
Se bem que estávamos no primeiro andar.

- Estou aqui apenas para tomar a minha alma de volta! - ela gritou. Gelo percorreu o meu corpo - Fique fora disso!

Antes que qualquer um de nós dois pudesse reagir, ela atravessou o cômodo em velocidade inacreditável. Seph me jogou para o lado, assim como jogou Arya. Eu senti que ele colocava algo em minha mão. Ela teve um pouco mais de sorte em aterrissar que eu.

- Saia do meu caminho!

- Arya! Agora!


Eu corri, apertando o que quer que Seph havia me dado, e me joguei na janela. O vidro cedeu e quebrou enquanto eu despencava em rumo ao chão, mas os meus cortes foram superficiais. Uma árvore amorteceu a minha queda.
Suspirei. Parecia que estava tudo bem, exceto pelo barulho de metal contra metal que vinham do andar de cima. Olhei para o que Seph havia me dado: uma faca ou adaga. Era estranho não ter me cortado.

Desci da árvore da melhor maneira que eu consegui. Os sons haviam parado no andar de cima. Disparei pela recepção e pela escada, chegando no apartamento.

Eu tentei abrir a porta. Trancada.

- Vamos! Abra! - falei comigo mesmo, tentado abrir a porta, a adaga na outra mão. Finalmente desisti e dei um passo atrás, chutando a fechadura e a quebrando. Escancarei a porta.

Lá estava Seph, estranhamente imóvel: Arya tinha as mãos na sua garganta. Ela sequer olhou para mim, tão entretida na tarefa de mata-lo que estava.

- Não toque nesse homem - falei, com a voz fria. Sem hesitação, eu havia atravessado a sala e fincado a adaga nas costas dela sem nenhum remorso - Pois ele me pertence.

A Arya falsa de desfez em pó e eu cai de joelhos. Seph se levantou assim que o peso saiu de cima dele e me abraçou. Não precisava. Eu faria aquilo de qualquer maneira, buscando algo familiar.

- Desculpe-me, Arya - ele murmurou no meu ouvido. Eu tremia das cabeças aos pés, sem saber o que aconteceria em seguia - Eu juro que te explicarei tudo mais tarde, mas agora concentre-se em ficar viva.


New York, New York


Eu me joguei na cama e fechei os olhos por um segundo, tentando me lembrar onde estava e que nome falso eu estava usando. Arya Redmont. Ou era Arya Castlemont?

Não fazia diferença. Eu teria que fugir de lá, logo. O dormitório feminino estava em completo silencio. Eu estava sozinha ali.
Eu tinha que começar a juntar as coisas que eu não havia roubado dali e preparar a minha mala, mas algo me impedia. Durante cinco meses, as coisas haviam corrido daquela maneira: encontrávamos uma casa que estava vazia ou um colégio e convencíamos as pessoas com a Névoa que ou sempre havíamos morado lá, ou estávamos nós mudando e éramos novos na região. Quando monstros atacavam, só lutávamos quando o necessário e tentávamos fugir o mais rapidamente.

A historia oficial é que Arya Lewins e Joseph Wright, filho da famosa empresaria Emilia Wright, haviam sido sequestrados no dia 13 de fevereiro em Amber enquanto iam para a casa da garota. O estratagema havia funcionado bem até agora: se precisássemos de dinheiro, ligávamos para a companhia de advocacia e eles transferiam quantos dólares precisássemos para o meu cartão, então sacávamos tudo no caixa eletrônico mais próximo e dávamos um jeito de sumir da face da terra até as investigações no local tivessem cessado.
Eu desconfiava de Seph: havia escutado o sobrenome dele apenas uma vez e tinha certeza que não era Wright. Ele estava escondendo coisas de mim, eu sabia disso, mas não fazia diferença: ele havia mentido para mim desde o dia que nós conhecemos até o dia que a Arya espelhada havia surgido no meu apartamento.

Aparentemente, as coisas continuariam assim por mais um tempo. Eu me levantei da cama e me sentei na janela, observando o dormitório masculino do outro lado. Se eu ou Seph quiséssemos, poderíamos invadir o quarto um do outro a partir de uma grande árvore que havia entre os dois dormitórios: os quartos eram um na frente do outro. Ele estava tocando piano quando eu olhei e sorri: piano, além de esgrima e varias outras coisas, eram uma das habilidades dele que eu havia descoberto nos últimos meses.

Ele me viu e eu corei, desviando a face para o outro lado. Era tarde demais para fingir que eu estava olhando por acaso. Seph foi até a janela e pegou um bloco de desenho. Quando eu li o que estava escrito, eu quase soquei o seu rosto.

Você está bem?

Bem quanto possível, respondi, usando uma folha que estava perto de mim e caneta vermelha. Eu o observei enquanto virava a folha do bloco e escrevia alguma outra coisa. Tamborilei os meus dedos pela janela.

Você consegue desenhar?, estava escrito no papel. Eu quase dei um sorriso tímido. Ao lado da caligrafia em azul, havia um desenho, talvez representando o próprio Seph. Usando o verso do papel, eu respondi.

Um pouco, estava escrito, com uma menina desenhada me representando. Ai eu verdadeiramente sorri. Guardanapos, menus, folhas de caderno... sempre que eu podia, eu desenhava tentando buscar um pouco de normalidade. Eu me sentia bem, podendo desenhar com tempo, e como Seph fazia aquilo era nostálgico. Acrescentei mais algumas palavras na folha: espere ai.

Voltei alguns segundos mais tarde com um bloco de desenhos igual ao de Seph. Ficamos a tarde inteira naquilo, até que o sol se posse e não houvesse muita luz para nos enxergarmos. O menino iria desenhar uma última coisa, mas desistiu e guardou o bilhete dentro do bolso.

Precisamos conversar, espere um pouco, ele escreveu no lugar e abriu a janela de seu quarto, saltando para a árvore e depois para o meu quarto.

- Vamos ter que nós mudar de novo - ele falou, sem rodeios, se ajeitando na minha cama.

- O que? - falei, chocada. Nunca havíamos ficado tão pouco tempo em um lugar só: o atual campeão era Vegas, de onde havíamos fugido em dois dias. O tempo recorde era San Francisco: pelo visto, Seph tinha conhecidos por lá, embora eu não tivesse encontrado nenhum - Estamos aqui há umas doze horas!

- Já nós acharam? -
ele falou, suspirando. O gelo percorreu a minha espinha e eu sabia que era bom eu arrumar as malas.

- Monstros? - perguntei, por mera força de habito. Humanoides, bestas: quase todos queriam nós matar.

- Não - ele respondeu, negando com a cabeça - Uma coisa um pouco pior... são pessoas como nós.

- Como assim...

- Eles ouviram rumores que dois como eles estão por aqui -
Seph explicou pacientemente - Normalmente, deixariam que essas pessoas fossem até eles, mas na situação atual... bem, eles querem saber se terão novos recrutas ou dois inimigos para matar.

- E?

- Você não os conhece como eu conheço. Arya, eu não vou te deixar morrer, mas também não posso te entregar para eles -
havia algo diferente na voz de Seph. Misturado com a sua determinação havia... desprezo?

- Antes de irmos... - eu murmurei. Quando percebi que estava falando o que vinha a mente, me calei - Não, esqueça. Vou tomar um banho e arrumar as minhas coisas. Te encontro daqui a pouco.



Cinco minutos depois de sairmos do prédio, já havíamos enganado todos os seguranças e estávamos esperando um taxi quando começamos a ouvir lobos. Instintivamente, toquei a adaga que eu mantinha escondida nas vestes. Seph também estava nervoso.
Depois desse silencio que durou por tempo indeterminado, o taxi chegou. Não houve brigas, não houve discussões. Normalmente dávamos para o motorista um rolo de notas e pedíamos para ele rodar para fora da cidade o quanto aquilo durasse enquanto discutíamos o que faríamos a seguir. Nesse caso, eu estava absolutamente perdida.

- Farm Road, 3.141. Pode cobrar o dobro se for depressa - Seph pediu, com poucas palavras.

- Protetor?

- Estou mais para um refugiado -
ele explicou. "Refugiado", o garoto me dissera, era um termo comum para pessoas como nós: que estavam constantemente mudando de lugar e que atraiam monstros. Quanto a protetor... eu não fazia ideia.
Mas o motorista pareceu entender e disparou pela estrada escura. Em quinze minutos, o carro parou e descemos. Seph jogou um grande rolo de notas no banco de trás, provavelmente tudo que tínhamos no momento.

Havia uma floresta lá perto. Começamos a correr para lá.

- O que você está fazendo, alien pervertido? - exigi, o seguindo de perto. Registrei o fato de como ele parecia estranho naquele momento: distante... surreal.
Frio.

- Eu já te disse. Tentado te manter viva.

- E você, Seph? -
perguntei. Eu confesso: era uma criança chorona - O que você acha que eu vou fazer se eu morrer? Eu já te disse, sou uma idiota. Não vou aguentar nem cinco minutos sem você! E eu estou chorando agora, droga!

- Arya! -
ele pareciam um pouco... impressionado. Paramos e eu enxuguei as lagrimas do meu rosto, o encarando fixamente. Aqueles "olhos"... "Eu tenho medo de desaparecer também", o que ele queria dizer com aquilo? - Eu não vou morrer!

- Promete? -
perguntei, soando como uma criança. Eu estava prestes a chorar de novo.

-Francamente, Arya. Você acha que eu faria algo assim? Sempre que você quiser, eu estarei do seu lado. Eu te... - seus olhos ficaram opacos e uma pequena lagrima deslizou pelo seu rosto.
Era a primeira vez que eu o via chorar. Então Seph olhou para um ponto atrás de mim e arregalou os olhos enquanto caia. O sangue empapava o lado direito do seu corpo.

Eu gritei.

- Um traidor a menos - constatou a pessoa que o havia atacado. Eu não saberia dizer exatamente se era um garoto ou uma garota: esguio, porém alto demais. Sua voz me enganava, seu rosto me enganava. E eu estava simplesmente chocada. Saquei minha faca - Ei, você vai seguir os passos desse covarde?

- Ele não...

- Sim, ele sim. Fugiu de todos nós. Tudo por que ele era covarde demais para lidar com algumas mortes e tinha medo que a sua preciosa boneca de trapos morresse... você vai seguir os passos dele? Ou vai se mostrar uma nova recruta? -
ela falou [e assim me referirei]. Mas o inicio foi o que me chocou. Não... estava errado. Eu era uma idiota, uma covarde chorona, mas Seph não havia desistido de mim. Ele não faria aquilo.
De certa forma, eu vi que a morte não era tão repugnante assim.

- Que mente pequena... - Seph falou com uma risada sem emoção. Eu me virei rapidamente e o vi pressionando o machucado - Não pense que eu vou morrer só com isso. Arya!

- Sim? -
perguntei, mesmo sabendo o que ele diria.

- Se você continuar descendo a partir daqui... encontrará um riacho. Siga o curso dele e vai chegar em um lago. Você vai estar a salvo lá. Não se importe comigo, apenas vá! - ele pediu, mas fraquejou. Eu me impedi de estraçalhar a maldita travesti.

- Já acabaram? - a garota com a adaga perguntou. Ela parecia estranhamente camuflada em meio a escuridão.

- Quem disse que você tinha escolha? - Seph me empurrou para o lado e sacou as suas armas, duas adagas, e avançou. Eu comecei a correr na direção oposta, chorando.

Não morra... seu idiota...

Eu apenas corri, corri e corri. Meu desejo era de voltar... ajudar aquele grande imbecil. Havia tanta coisa que eu queria dizer quando estivéssemos sozinhos, eu simplesmente não encontrava palavras.
Eu tinha medo de colocar aquilo no papel, com medo do que eu poderia criar. Eu tinha medo que a chuva viesse e trouxesse o fim daqueles dias de inocência.

Ele não se importava. Seph havia encarado a chuva e cuspido nela. As lagrimas se misturavam com o meu suor. Cair e morrer parecia uma boa opção.

Então eu percebi... que aquilo estava errado. Parei bruscamente e virei para o outro lado no instante que eu vi o riacho. Pulando sobre um tronco caído no meio do caminho, eu sabia exatamente o que tinha que fazer.

Eu iria salvar aquele idiota.



O metal se chocando contra metal foi o primeiro som que escutei quando me aproximei de onde Seph e a garota duelavam. Algo estava estranho: enquanto eu observava das sombras, percebi que Seph fazia movimentos desnecessários demais, as vezes atacando onde sequer era preciso.

Ilusões, mas aquela era uma ilusionista fraca: para criar tantas ilusões convincentes, ela estava se esforçando ao máximo. Eu peguei uma pedra que estava perto de mim e joguei nela, gritando. Ela olhou para mim, desviando os olhos de Seph e este a matou sem pensar duas vezes.
A ilusionista desapareceu em uma explosão de pó e o garoto cedeu. Eu corri até lá e o segurei da melhor maneira possível antes que ele caísse no chão. Eu cai também.

Tudo iria acabar daquela maneira por causa de um copiador?

- É minha culpa, não é? - eu perguntei, lagrimas despencavam do meus olhos. Era óbvio que Seph estava muito ferido: as suas roupas estavam ensopadas de sangue e ele tremia, frio.

- Não, foi a minha escolha - ele disse, com um pequeno sorriso. O menino afastou os cabelos da minha face - Era melhor isso que fazer nada. É tarde demais para eu me redimir de meus erros, também.

- Mesmo eu sendo falsa?

- Você não é falsa, Arya... -
Seph começou a fechar lentamente os olhos. Eu aproximei lentamente a minha face da dele - Você é e sempre foi... a Arya. A raiva, a simpatia, a tristeza, a determinação, o desanimo e também o sorriso... eles eram só seus.

- Não me deixe sozinha -
pedi, meu rosto molhado. Encostei a minha testa na dele. Os olhos de Seph estavam vermelhos, a sua respiração estava estranha. Os lábios dele estavam rachados...

- Nós vamos nos encontrar de novo - ele disse. Provavelmente, eu me machucaria muito se fizesse aquilo... - Talvez você não saiba quem sou eu e eu não saiba quem é você, mas prometo que nós encontraremos novamente.

- Sim... ai não haverão mentiras e então conversaremos sobre tudo! -
eu falei, tentando soar animada com aquilo. Nossos rostos se encontraram. Ele colocou algo na minha mão e eu a acariciei com carinho: era um colar de cristal e havia alguma coisa dentro.
E aquele gesto doeu muito dentro de mim, mas era surpreendentemente quente o contato com o rosto do menino.

- É quente, como se eu estivesse segurando a sua mão...

- Não diga coisas estranhas -
ele me censurou - Obrigada, Arya. Desculpe... eu estou indo na frente.

E ambos fechamos nossos olhos, Seph pela última vez.



Ah... eu vou... desa-desaparecer...

Eu... eu até... pensei em um bom nome... para mim...

Eu não tenho nada mais...

Sua idiota! O que você quis dizer com "não ter nada"?

Qu-em?

Eu sou um semideus refugiado. Meu nome... não, meu nome não passa de uma marca.

M-as... eu sou...

Se esse é o caso, sua tábua, você ignorou tudo que eu disse. Quem era... que vivia arrumando confusões todos os dias? Você se lembra, não é? Da nossa dor... e da nossa alegria. Elas eram nossas.

El-as eram... minhas?

Então, grite!

Gri-te?

Eu vou lutar com você. Afinal você é a minha... mal-humorada, charmosa e complicada... parceira.


A minha boca se mexeu, mas o som não saiu. A palavra que eu iria falar parecia distante e desconexa. Tentei descobrir que lado era para cima e julguei que era a direção oposta ao frio chão onde eu estava.

Não era trevas nem luz. Simplesmente era o espaço interminavelmente vazio. De certa forma, consegui me levantar da primeira vez que tentei e comecei a andar, logo chegando a uma parede alta e interminável.

Ela era toda feita de vidro. Atrás do muro, eu conseguia ver alguém: era um garoto, embora eu não pudesse ver o seu rosto claramente.

Sem pensar muito bem, eu corri até lá e falei algumas palavras. Ele não deu sinal de entender, então comecei a bater no vidro. Alguma hora, me cansei e desabei de joelho.
Nisso, ele tirou algo do bolso: uma caneta. Em poucos segundos, estava escrito na parede em uma caligrafia e letras que eu já conhecia muito bem...

Você consegue desenhar?

Eu gritei seu nome e a parede se quebrou. Alcança-lo... eu poderia alcança-lo... ! Eu não me importei enquanto era machucada pelo vidro, tentando chegar do outro lado.
Ele não estava lá. Ele não estava mais lá. Quando percebi aquele fato, a rachadura que existia dentro de mim se alargou e eu quebrei.



- Parece que ela está viva - uma voz feminina disse para alguém. Era incomodo inclusive abrir os olhos, então não fiz nenhuma tentativa deste - Ei, você. Está bem? Meu nome é Meredith. Memorizou?

- Onde... eu estou? -
perguntei, a voz falhando. Minha garganta estava seca, como se eu não tomasse água a dias.

- Acampamento Meio-Sangue - disse outra voz, masculina - Um lugar seguro.

- Entendo... ele disse a mesma coisa... -
e voltei para o meu mundo de sonhos.

A minha vida já havia mudado. Naquele momento, o mundo parou de se mover.

Suponha que você já tenha sido reclamado e agora esteja entediado no acampamento meio-sangue, logo você resolve dar uma volta na floresta para se distrair, no entanto começa a ouvir barulhos estranhos, até que um filho de Perséfone surge ali. Aquele semi-deus havia desaparecido do acampamento fazia um tempo. O semi-deus é de level 3, e ele irá de atacar com intenção de matar dizendo que está ajudando a mãe dele a se livrar de um dos bastardos de Hades.

- Bom dia - falei, colocando as flores no tumulo. Era como uma rotina: desde que eu havia sido reclamada as coisas estavam... estranhas. Todos me olhavam como se eu fosse um animal de zoológico ou coisa assim e eu não gostava nada disso - Você não pensou que se livraria de mim tão facilmente, né?

Talvez eu tivesse esperando uma resposta. Eu me sentei ao lado da lapide e abri a minha bolsa, tirando os gizes de cera e o bloco de desenho. Arregacei a minha manga molhada e comecei a desenhar.

- Você não se importa que eu fique um pouco aqui, né? - eles falaram que eu poderia ver fantasmas, mas por mais que eu o procurasse, não achava. Deitei a cabeça para o lado, tentando imaginar Seph, vivo.

As flores... bem, se chamavam áster. Eu as encontrava em uma clareira na floresta e estavam muito bonitas. Com certeza, ele gostaria delas.

Passei a mão pela superfície fria da lapide e logo em seguida, segurei o meu colar. Dentro do cristal azulado havia... um pedaço de papel. Eu dei um sorrisinho amargo: será que ele queria que eu lesse aquilo?

- Vocês são uns idiotas - anunciei, escutando os barulhos vindos da vegetação - E isso inclui você.

- A quanto tempo você sabe que eu estou ali? -
o campista perguntou. Monstros e Névoa: eu havia convivido com aquilo por muitos meses, mas ainda era difícil encarar aquelas pessoas como semideuses.

- Como eu disse, você é um idiota. Se eu estou desenhando a paisagem, é obvio que eu vou olhar para ela - critiquei, guardando as minhas coisas dentro da bolsa e a deixando ali - Agora, você está perturbando um lugar sagrado. O que quer?

- Não é obvio? -
o semideus retrucou. Eu encarei o garoto com desprezo enquanto ele mostrava as mãos: em uma, surgiu um escudo e, na outra, um chicote - Vim me livrar dos bastardos de Hades.

- Então venha -
ofereci com um sorriso desdenhoso. Ergui um pouco a minha saia, mostrando a bainha das facas de arremesso na minha perna. Eu encostei de leve no meu anel e adagas gêmeas surgiram nas minhas mãos - Sou toda ouvidos.

Ele deu um sorrisinho e avançou. As armas eram de média distancia, por mais que ele tivesse uma defesa. Logo, a fraqueza dele seria armas de curto alcance.
Aquilo estava errado.

Pensei em me mover, mas essa não seria uma das opções mais inteligentes a se fazer. Se eu fosse na direção daquele idiota, entraria bem rápido no alcance do chicote e caso corresse na direção oposta, me cansaria com facilidade.

Algo agarrou a minha perna e, com surpresa, eu tentei me libertar. Aquilo eram... raízes? Eu franzi a testa, praguejando mentalmente.
De qualquer maneira, eu também tinha algumas armas de longa distancia. Peguei as facas de arremesso e as joguei na direção do menino. A primeira ricocheteou no escudo, mas a segunda o cortou a face.

Me repreendi por deixa-lo apenas mais irritado. Mais raízes brotaram do chão e envolveram os meus braços. Lindo.

- Você tem um cabelo bem... incomum. Se você não tivesse esse rosto estranho, duvido que tivesse coragem de tê-lo - ele comentou. Eu havia tingido meus cabelos logo depois de chegar ao acampamento - Quer que eu o deforme para você?

- Não precisa, mas muito obrigada pela oferta -
disse, irônica. Ele se aproximou e pegou uma das minhas adagas que eu segurava com fragilidade - Quem disse que você pode pegar nisso?

- Acha mesmo que está em condições de negociar?

- Sim -
respondi, ativando os poderes do colar que meu pai havia me dado. Basicamente, minha força e velocidade aumentaram dez vezes. As vinhas que seguravam o meu braço esquerdo se romperam e eu dei um soco na cara do meio-sangue. Fui até ele rapidamente e encostei a adaga que ainda estava comigo na sua garganta.

A minha resposta a confusão dele foi um sorrisinho.

- A partir de hoje, você pegou os turnos do chalé de Hades na cozinha. Conto com você!

Código:
Armas usadas:

Colar da Alma – Um colar de corrente de prata e com um pingente de caveira com olhos feitos de um cristal negro, quando ativado aumenta 5X a velocidade e força do semi-deus . Dura três turnos e só pode ser reativado depois de cinco turnos.

Adagas gêmeas de ferro estígio. – Ambas possuem cerca de meio metro de comprimento. Ao fim do cabo de cada uma há um caveira cuja possui olhos vermelhos. As adagas tem possuem a habilidade única de absorver as almas que ceifa, tornando-a mais resistênte e poderosa à cada alma que pega. Se transformam em um anel duplo de caveira. [Total de Almas: 0]

Faca de arremesso de aço reforçado com prata [leves e extremamente afiadas, são balanceadas para serem atiradas contra os oponentes, possuindo pontas extremamente afiadas, porém com pouco corte no gume por esse motivo][Kit com 10]



the purple aster in underworld


thanks flarnius ops.

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MensagemAssunto: Re: Teste para Filhos de Hades (Setembro)   Teste para Filhos de Hades (Setembro) Icon_minitimeQua 03 Out 2012, 14:53


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Mandem-me MP com as armas escolhidas e duas perícias não-combativas.
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