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 {Amaranthyne} Is this fire!?

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Éolo
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Éolo


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MensagemAssunto: {Amaranthyne} Is this fire!?   {Amaranthyne} Is this fire!? Icon_minitimeSex 19 Out 2012, 14:57



Is this fire!?



# Missão One-Post
Amaranthyne, dríade;

~ Lugar: Bosque das Dríades;
~ Clima: Frio;
~ Período: Noturno.

A
s estrelas já apareciam no céu quando Amaranthyne recolheu-se para dormir; claro, após um cansativo dia como aquele, todo mundo merecia um descanso, por menor que seja. Porém, como tudo no mundo mitológico, esse desejo não viria de forma fácil; e aquele baderneiro só piorara a situação.

Jeremy era muito brincalhão; sim, tinha um senso de humor tão maleável quanto o corpo que era magro demais para um filho de Hefesto. Era fraco demais até para carregar um machado, arma comum aos seus irmãos; por isso, trazia na cintura uma espada adequada ao seu peso. Na outra mão, um isqueiro prateado e pequeno; ah, como adorava brincar com fogo, ainda mais depois de um ou outro drinque de alto teor alcoólico...


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Amaranthyne
Dríades
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Amaranthyne


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MensagemAssunto: Re: {Amaranthyne} Is this fire!?   {Amaranthyne} Is this fire!? Icon_minitimeQui 01 Nov 2012, 18:15

- Mas eu não quero te machucar!!!

A voz chorosa, combinando com uma careta de lamentação vinham da dríade no chão. Amaranthyne caiu sentada e ali permanecia, encarando seu "instrutor" de treino de modo manhoso e birrento.

- E eu também não... mas os monstros vão querer! Vamos, levante-se!

Ela desativou o cajado, permanecendo sentada e cruzando os braços, virando a cabeça em negativa.

- Não! Não quero!... e estou cansada... Aahron... tá escurecendo já... passamos a tarde inteira aqui... eu não aguento mais!!!

Ela fazia sua melhor cara de piedade, esperando comovê-lo. Ele provavelmente não acreditou muito em todo o drama, mas ainda assim afagou seu cabelo, bagunçando-o, e dispensou-a do treino.

- Ok, plantinha... mas desse jeito você está parecendo mais uma planta dormideira... molenga...

Ela fechou a cara, fingindo zangar-se com o garoto, levantando-se devagar enquanto tirava a poeira das roupas.

- Bobo!... e hoje que estava um dia tão lindo pra só ficar fazendo fotossíntese... malvado, me obrigou a vir aqui...

- EU? Você que me pediu ajuda... e depois de me fazer levantar, queria desistir?

Amaranthyne deu de ombros.

- Se quiser continue aí então... eu estou cansada e vou dor-mir!

Ela esticou a sílaba propositalmente, quase soletrando, e afastou-se no seu modo único, saltitante, saindo da arena em direção aos campos de morango onde ficava sua planta de origem, apenas em tempo de ouvir a última frase dele, e virar-se, mostrando a língua.

- Sei... depois quero ver pra quem você vai pedir ajuda quando as pragas infestarem seu pé de amaranto...

......................................................................................................................................................................

Os morangueiros estavam silenciosos. Não haviam muitos semi-deuses ali, e os poucos restantes recolhiam suas coisas para retornar aos chalés, depois de um dia de trabalho. A floresta não estava muito longe, e podia ver suas "irmãs" agitando-se - provavelmente algum semi-deus havia invadido a área de suas árvores, ou algum sátiro as perturbava - nada com que não lidassem diariamente, e provavelmente nada com que se preocupar. Foi pensando assim que retornou à sua forma de origem, fundindo-se ao pé de amaranto para o que julgava ser mais uma noite comum no acampamento.

Ledo engano. Mal estrara em estado de dormência, foi chacoalhada, sendo forçada a assumir sua forma humanóide. Ainda um pouco dormente, deparou-se com outra dríade, os olhos arregalados de medo. Ela falava algo, que o sono a impedia de distinguir, mas uma palavra se destacou, colocando Amaranthyne imediatamente em alerta: FOGO!

Olhou na direção da floresta, apenas para ver os animais que saíam assustados, juntamente com outras dríades em pânico. Ela deveria se assustar também. Mas não foi o que aconteceu.

Num misto de raiva, coragem e burrice, marchou na direção do local. O caminho foi um pouco complicado, em parte porque lidava contra seus instintos, em parte pelo caos gerado pela fuga dos outros seres, mas não demorou para que achasse a origem de tudo aquilo: um semi-deus.

O garoto estava cambaleante, não parecia em seu juízo perfeito. Ele usava um isqueiro, queimando as plantas, e arrancava galhos e raízes que por ventura acabassem na sua frente. Amaranthyne tremeu só de ver a cena - podia entender o medo das outras criaturas, e sentir sua dor. Muitos semi-deuses não sabiam como lidar com ela, não entendiam que as árvores eram como seu próprio corpo. O primeiro impulso seria o de fugir. O segundo, de atacar. Mas não cedeu a nenhum deles.

- Ei! Pare com isso!

O menino virou-se lentamente. E o que viu, fez Amaranthyne ferver por dentro: ele sorria.

- Por quê? É divertido...

Ela deu um passo à frente.

- Divertido? Assustar os outros, ferí-los? Desde quando isso é divertido?

Ele deu um passo na direção de Amaranthyne, aproximando-se a ponto dela conseguir sentir o cheiro do álcool. A chama do isqueiro apagava e acendia de forma contínua em sua mão direita, enquanto com a esquerda arrancava mais um galho da árvore ao seu lado, fazendo com que de algum lugar próximo uma dríade gemesse de dor, mas os olhos do menino estavam focados no pequeno broto de amaranto, que focalizava sua irmã ferida, incapaz de andar pelo medo de chamar atenção.

- Pra eles sempre foi... porque eu era mais fraco.. eu não era tão resistente... agora eu entendo o por quê... eu entendo o que é o poder. Quer provar do meu poder também, plantinha?

O menino deu um passo à frente, ameaçando-a com o isqueiro.Ela teve raiva. Por ele chamá-la assim - ela não merecia o direito de se referir a ela de tal maneira, tão casual - por ele ferir a floresta, os animais, os outros espíritos. Teve taiva por alguém ser tão idiota - tanto ele quanto aqueles que o trataram assim também... humanos! Em um ato de coragem, e aproveitando-se de sua agilidade, esquivou-se do fogo, esbofeteando o garoto, derrubando o isqueiro apagado no solo. Não era um tapa forte - ela nunca teria força física para realmente machucá-lo - mas ainda assim sua mão estalou no rosto dele, fazendo com que esbugalhasse seus olhos, pasmo.

- Então vai se tornar como eles? Como qualquer idiota? Então, talvez eles tenham razão em te tratar assim... você não parece ser digno de ser tratado de outra maneira... já viu o que realmente está fazendo? Tudo isso? E pra quê?...

Sua voz tremia, mas em nenhum momento demonstrava fraqueza, ainda que o medo crescesse mais a cada instante. Ela apenas gesticulou ao redor, mostrando os estragos - as árvores quebradas, o fogo que se alastrava, a dríade que chorava a um canto. Amaranthyne também chorava, as lágrimas bailando no canto de seus olhos, contendo toda sua indignação. E talvez isso o tivesse comovido. Ele largou o isqueiro, levando as mãos á cabeça, soluçando.

- Não... não... eu não quero ser como eles... o que eu fiz?

Um novo tapa. Deixar com que ele entrasse em uma crise de pânico não iria ajudar.

- Escute aqui, qual o seu nome?

- J...Jeremy

- Ok, Jeremy. Você fez isso, então agora arque com isso! Já que quer ser melhor do que eles, comece assumindo o que fez! Vá ao acampamento, chame outros, peça ajude... conte o que fez e traga-os aqui, vamos precisar de mais mãos, o fogo está se alastrando... RÁPIDO!

O menino não precisou de novas ordens - ele correu, tomado pelo desespero e pela consciência do que fez.

- Você é boazinha demais... mas corajosa.

O velho espírito a encarava com ternura. A Grande-Mãe, dríade do carvalho mais antigo do acampamento se aproximava de sua irmã ferida, pegando-a no colo.

- Desculpe a demora...

Amaranthyne sorriu - sabia que a árvore dela ficava longe, e estava certa de que se pudesse teria vindo antes - mas logo assumiu uma expressão séria, madura, tão incomum para ela.

- Obrigada, Grande-Mãe... pode tirá-la daqui? Eu vou ao rio... creio que os espíritos da água possam nos ajudar.

Um jato de água atingiu um dos focos do fogo mal ela acabara de falar. Uma voz masculina fluida e baixa se dirigia a ela.

- A Grande-Mãe já nos chamou... não se preocupe. Estes são os últimos focos... não vai se espalhar mais...

- Cyprinus!

Amaranthyne sorria. Se pudesse, se jogaria sobre o tritão, enlaçando seu pescoço, tamanha a felicidade - mas isso iria atrapalhá-lo, então apenas sorriu, mantendo-se fora do caminho dele e dos outros que faziam esse trabalho. Se aproximou da Grande-Mãe e da dríade ferida.

- Ela vai?...

- Sim... não foram ferimentos grandes, mas o medo a paralisou... e a feriu mais do que qualquer coisa física. Ela só precisa descansar e em alguns dias terá se recuperado... não se preocupe, pequeno amaranto... e quem diria? Acho que o jovem semi-deus se surpreendeu... geralmente amarantos não possuem espinhos...

Havia um tom de graça em suas palavras, e Amaranthyne precisou se controlar para não se estufar de orgulho.

- Eles só brotam para proteger quem precisa!

A Grande-Mãe afagou-a, fazendo Amaranthyne sorrir ainda mais.

- Eu sei, pequeno broto... eu sei...

O incêndio já estava apagado, e os danos controlados quando Jeremy voltou. Ele estava pálido, e suava, mas parecia ter recuperado a sobriedade, e trazia consigo Quíron, Sr. D. e outros campistas.

- Não se preocupem, já cuidamos de tudo!

O centauro acenou para o tritão e os outros presentes.

- Sim, eu vejo... Jeremy já me contou tudo Amaranthyne. Ele está arrependido... e isso não vai se repetir. Além disso, ele irá ajudar no que for preciso por aqui e nos outros trabalhos do acampamento até que vocês o considerem redimido, não é, Jeremy? E vamos conversar com alguns filhos de Hefesto...

-S... sim! Me desculpem, me d-desculpem... eu... eu...

Ele curvou-se, abaixando a cabeça, sem coragem de encará-las.

- Está desculpado... seus serviços serão apreciados... temos muita coisa a fazer.

O tom ácido da Grande-Mãe a fez imaginar que ela era bem menos calma do que aparentava, e que Jeremy teria um bocado de tempo e coisas a fazer antes de ser perdoado. Segurou o riso, captando uma piscadela da dríade mais velha, e notou o brilho no chão - o isqueiro. Abaixou-se para pegá-lo, agitando-o na frente do menino.

- E nem vai brincar mais com fogo... você sabe o que dizem sobre crianças que fazem isso...

Colocando o objeto em um dos bolsos que havia na lateral do seu vestido, sorriu para os outros espíritos da natureza. É... provavelmente eles não se importariam de pregar uma pequena peça, apenas para consolidar a lição... e o aceno de Cyprinus fez com que tivesse certeza de que Jeremy não se esqueceria jamais...

Antes de voltar ao seu descanso - mais do que merecido - ainda viu um rosto familiar dentre tantos aqueles campistas, e balançando os cabelos ainda passou do lado dele.

- Viu? Eu não precisei de ajuda!

Foi sua última frase antes de sumir nos morangueiros, deixando um Aahron perplexo encarando suas costas enquanto saltitava de volta para seu pequeno broto.


...............................
Narração
Fala
Aahron
Jeremy
Grande-Mãe
Cyprinus
Quíron
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Éolo
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Éolo


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MensagemAssunto: Re: {Amaranthyne} Is this fire!?   {Amaranthyne} Is this fire!? Icon_minitimeSeg 05 Nov 2012, 14:28



Is this fire!?



# Missão One-Post
Amaranthyne, dríade;

~ Lugar: Bosque das Dríades;
~ Clima: Frio;
~ Período: Noturno.

A
noite terminou, por fim, para a garota e todos os agitados espíritos da floresta; a Grande-Mãe, Amaranthyne, Cyprinus e Quíron já poderiam dormir em paz, ao menos. Pelo jeito, somente Aahron perguntar-se-ia durante muito tempo, ainda, sobre como uma plantinha indefesa fizera um bebum se arrepender.



Notas:
Retiradas:
Ganhos:




# Atualizada
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