Lunna Spyes Filhos de Hades
Mensagens : 25 Data de inscrição : 04/05/2012
Ficha do personagem Vida: (116/116) Energia: (115/115) Arsenal:
| Assunto: Re: Missão One-Post - Lunna Spyes Dom 10 Jun 2012, 21:14 | |
| Lunna Spyes ® I never want to get to the point where it's all about my needs, and the hell with anybody else;
(...) I can turn your dream into reality, and bring their dreams to light It's pathetic. | |
Capítulo 1 – Quíron invade meu chalé;
Conversava com Lili em meu chalé. Talvez fosse a única garota com quem eu realmente tinha amizade no acampamento. Ou mais que isso. Estávamos conversando desta vez, até que a porta se abriu vagarosamente – digo isso com muita ironia – que quase quebrou a parede do Chalé. A reação foi rápida, caí em cima de minha irmã mais nova, mas me coloquei de pé, quase xingando quem quer que fosse quando vi Quíron. Minha cara de raiva passou por um desespero, não é nada bom quando Quíron vem nos visitar. Achei que fosse com Lili, mas ele simplesmente sorriu para mim.
- Gosta de neve Lunna? – ã? – Prepare suas malas porque vai para Quebec. – olhei - Mas o que? - Me encontre na casa grande em meia hora.
Fiquei praticamente sem reação, mas fiz o que pediram. Arrumei minhas malas, colocando alguns Dracmas, dinheiro mortal, algumas trocam de roupa para o frio e um saco de doritos, o porque, não sei. Na minha mão segurava minha espada e a transformei em um anel, adorava aquela caveira. Lili riu, saindo do quarto para que eu pudesse me concentrar. Eu nunca havia recebido uma missão, normalmente as pessoas não contavam comigo. Eu já estava praticamente pronta. Carregava uma mala de Esqui e meu elmo se transformou em uma touca preta com orelhinha de gatos, dentro do acampamento, aquilo estava queimando no acampamento ao sol, mas imaginava que seria muito útil em Quebec.
Assim que terminei de arrumar minhas coisas, corri para casa grande, tentando imaginar o que teria acontecido. Posso dizer que não era nada bom somente pela cara de Dionísio.
- Lona! Temos uma missão suicida para você. - Ah, obrigada – bufei, não reclamei sobre o “Lona”. Aquele cara sempre errava meu nome. - Dois garotos estavam sendo vigiados por um de nossos Sátiros, perdemos o contato com ele a pouco tempo, pelo que sabemos, estavam perto de uma floresta em Quebec.. - E você querem que eu vá para lá verificar, certo? - Isso mesmo, Bruna. Péssima sorte, e que Zeus te mate. - Valeu.
Sai da casa grande tremendo, não de medo, mas de Raiva, a final de contas, quem me dera entender o por que de tanta ignorância do Diretor..
Capítulo 2 – Um menino fantasma.
Avião? Não. Peguei um trem para Quebec, na verdade, viajem aéreas ou náuticas não me fazem bem. Poseidon e Zeus não vão com minha cara e sempre tramam algo, ou seja, prefiro não arriscar. De pouco em pouco, enquanto parávamos em algumas estações ou somente quando continuávamos caminhando os raios do sol não eram suficientes para nos aquecer e aos o frio começava a pegar nosso corpo para torturar. Graças a Deus, minha touca Otaku era muito quente e eu não sentia nada que me fizesse tremer de frio nas orelhas. Mesmo assim, já podia sentir meu nariz congelando.
Finalmente o trem havia parado. A neve densa caía do céu, formando uma grossa camada branca no chão, a frente da estação uma floresta densa, com árvores secas. Uma das coisas que mais me animavam eram as árvores Canadenses. Quando chegava uma certa época do ano, as árvores secavam, e deixavam suas folhas caírem para que não perdesse água em excesso.
Assim que sai do trem, percebi que dali eu precisaria ir a pé. Quase engoli neve quando encostei meus pés na neve, que afundaram até meus joelhos. Ah sim, super divertido. Mal conseguia caminhar. Meus pés subiam altamente para serem afundados. Fiquei me perguntando no que eu estaria pisando, e o quão nojento seria se toda a neve derretesse. Vários animais mortos do frio estariam na camada subterrânea de neve, plantas também, criando um conjunto fedorento.
Comecei a me recordar de tudo que haviam me falado. De que iria encontrar duas pessoas e eles poderiam ser campistas. Olhei em volta, o lugar era imenso. Por mais que eu pudesse imaginar que estava no norte mais profundo, ainda era muito o que ver, e começava a achar que não iria achar as duas crianças tão rapidamente, ou.. vivas.
Por sorte, encontrei um ponto no fundo. Podia sentir que ali estava o perigo. O começo da floresta estava a frente daquele ponto, o que me deixava a suspeita de que era o que eu procurava. Comecei a correr, sem lembrar da neve densa que poderia me fazer cair. E assim que cheguei o mais perto possível, consegui me deparar com duas crianças, talvez 13/14 anos de idade. Um garoto moreno e uma menina ligeiramente ruiva. A menina parecia bem, mas o garoto, estava com cara de fantasma.
- A ajuda chegou. – a garota suspirou se virando para mim. – Pre-precisamos de um-uma flor que está de-dentro desta floresta. - a garota disse, tremendo de frio e de medo. - E-ele foi atacado por uma mantícora. Po-Por favor... Só te-temos um-uma hora.... - a voz dela morreu devagar.
Uma hora. Ok. Não era bem um prazo agradável para entrar na floresta, encontrar uma flor para curar o garoto e não chamar a atenção de uma Manti-não-sei-o-que. Mesmo assim, me aproximei dos dois, olhando para o menino principalmente. Ele parecia pior do que imaginava. Tirei da minha bolsa os casacos de frio e entreguei para os dois, deixando o calor humano os aquecer. Me virei para a menina, a olhando séria.
- Não saia daqui – suspirei – volto em menos de uma hora, prometo. – então me levantei e sai correndo para floresta.
Capitulo 3 – O homem leão;
Aos poucos, a imagem da neve foi se misturando com as arvores secas da floresta. As quantidades de árvores iam aumentando, me deixando cada vez nervosa. Várias vezes, meu coração pulsou me mandando fugir, mas não podia simplesmente deixar aquelas crianças morrerem no frio. Ao mesmo tempo, pensava em alguma planta contra veneno. A única que me vinha na cabeça era Barbatimão, uma planta Brasileira, ou seja, nada a ver com o Canadá. Mas estava enganada.
Enquanto corria, podia perceber alguns lugares com algumas flores vivas. Estranho, porem muito usual. E assim que tropecei em um galho enorme seco e congelado, caí de cara com uma flor que fedia a barbatimão. Não era nada parecido, mas o cheiro anestesiou minhas narinas, me deixando com a certeza de que aquela planta era a certa. Me agachei, pronta para arrancar, quando uma voz masculina riu. Levantei-me abruptamente, olhando o homem com raiva. Tinha cabelos ruivos, olhos amarelados – talvez fosse uma doença – e um sorriso muito maldoso escapando de seus lábios.
- Colhendo plantas, garota? – a voz dele ecoava como se fosse o rei daquele lugar; - Não falo com estranhos. - Você não vai pegar isto, é uma planta rara, sabia? - Você não é o Dono daqui. - Garotinha – eu realmente odiava quando falavam assim comigo – você não vai salvar o filho de Quíone – como? Não. Como ele sabia. - E quem vai me impedir? – ri - Eu.
No momento que terminou, eu já não via mais um homem. Quero dizer, a cabeça dele ainda era humana, mas o tiozinho estava mil vezes maior e agora, seu corpo era um grande leão com espinhos na cauda. Ok, eu já sabia o que tinha atingido o garoto. O homem rugiu e deu um passo a frente.
- Vai mesmo se impor contra mim? - Ah, você que é a Manticoticoratira. - Manticora! – ele rugiu de raiva. - Amantina? – ri, colocando minhas mãos no anel. - MANTICORA! – gritou. - Ah sim, agora, apresente-se a meu pai. – sorri, ativando a espada.
Ele parou por um tempo. Seus pés o afastando ao contemplar o ferro estígio. Eu sabia muito bem, ninguém gostava dos filhos de Hades, um preconceito, mas eu não podia fazer nada, simplesmente aproveitar o momento. Quando o homem-leão conseguiu se recuperar, eu já estava totalmente preparada para a Luta. Ou Quase. Eu mal pude ver, mas vários espinhos gigantes saíram voando para todos os lados, atingindo galhos (que caíram facilmente), voando para o infinito e além – que eu rezei aos Deuses para que não atingisse nenhum humano -, atingindo um pássaro preto que caiu morto no chão e claro, voando para cima de mim.
Eu parecia uma idiota tentando desviar os espinhos com a espada. Era como tentar brincar de esgrima de palitos de dente com uma mosca. Mas no final das contas, consegui me desviar da maioria deles. Da maioria. Dois espinhos vieram com força direto ao meu corpo, me prendendo em uma das árvores com meu braço. Por pouco não pegou a pele e o homem leão ( que não consigo entender o nome ainda) rugiu de felicidade, vindo na minha direção.
Tentava puxar meu braço, mas os espinhos haviam prendido a roupa de uma forma que só tirando o blusão para conseguir sair. Eu não podia me render ao frio. Então fiz a coisa mais idiota de todas. Tirei um espinho com a mão. Confesso que a primeira parte não foi tão idiota assim, como se fosse mágica consegui tirar de boa e o jogar no chão – e eu fazendo mais força do que o normal para puxar, vai entender - e então tentei tirar o segundo, quase deu certo, mas uma lasca dos espinhos ficou na minha mão, e olha, isso arde. Se alguém já se cortou com papel, sabe da dor que estou falando. Mesmo assim ignorei a dor e me voltei para a Mantico-sei-lá. Minha espada se moveu para minha mão esquerda, que estava viva e sem pedaços de espinho e fui para cima do homem. Infelizmente, eu não conseguia me aproximar. Sempre que chegava quase a um metro de distância, o cara começava a disparar espinhos para todos os lados como se fosse um maluco com uma arma na mão. Eu começava a ficar desesperada. Sem saber o que fazer.
Escondi-me atrás de uma árvore. Assim que parei, percebi o grande erro. Aquela lasca de espinhos continha veneno e minha mão direita estava totalmente inchada. No lugar onde havia me furado, uma camada de Pus saia o que me deixava com nojo. Eu não tinha condições nenhuma de atacar daquele jeito. Sentia o veneno subir em meus braços. Eu precisava de um tempo.
- Vai fugir assim? – o homem leão riu – Que honra você dá a seu pai. Criança.
Fiquei em silêncio. Eu não estava fugindo, acho. Minha touca de gatinho virou meu elmo e então consegui ficar invisível. Era por pouco tempo. Corria entre as árvores, ouvindo o grito do tio do mal. Entrava cada vez na floresta, procurando algum lugar escuro. Depois de uma longa corrida, consegui encontrar vários troncos caídos e uma sombra.
Entrei ali em baixo, sabendo que a escuridão me curaria. O grito do homem não estava distante e fiquei o mais parado possível para me recuperar rápido. Aos poucos podia ver meu ferimento fechando, a única coisa ruim era saber que eu não poderia atacar de perto, e não tinha nenhum arco e flecha comigo, ou seja estava ferrada.
Assim que consegui me curar, me levantei ainda invisível e subi em uma árvore. A recuperação da dor me fez bolar um plano levemente idiota. Que talvez desse certo. O leão tinha um faro bom e logo chegou ao local onde eu estava, começava a gritar o tempo todo me chamando de covarde e que iria me matar. Respirei fundo, eu precisava de um guerreiro bom.
Comecei a cantar baixinho. O som se dissipou no ar, deixando o homem bravo.
- Pare de brincadeira e venha me encarar!
Continuei cantando e peguei o saco de doritos da bolsa o jogando no chão, o leão foi para cima achando que era a mim, mas se afastou quando o saco foi rapidamente engolido e uma força sobrenatural começou a agir.
Do chão, alguns ossos começaram a sair, como em um filme de Zumbie. Mas então aos poucos um grande guerreiro esqueleto se formou, encarando a mim e ao homem leão. Ri para ele fazendo um sinal para que atacasse. O esqueleto começou a atacar o manticora, mantircore, manti.. ah sei lá! O esqueleto começou atacá-lo com uma de suas costelas, e sempre o deixando perto de minha árvore. No começo achei que o esqueleto ia ganhar a luta, mas então, vários espinhos foram disparados novamente – que por sorte não chegaram até a mim – e um dos braços do esqueleto caiu. Pronto, era hora de atacar. Assim que o homem leão se concentrou a dar o ultimo ataque no esqueleto guerreiro.Eu voltei a ficar visível e pulei em suas costas, cortando seu rabo. Meu esqueleto se foi e eu também. Na verdade, eu só fui mudar de lugar, sendo jogada metros de distância e batendo as costas em uma árvore que caiu. Achei que teria que lutar mais, mas o homem leão parecia assustado. Levantei-me e parti para cima dele, mas o resto da luta foi fácil. Meus olhos eram rápidos e qualquer patada do corpo de leão eu conseguia desviar. Sem o rabo de espinhos, aquele monstro dava até dó de lutar. Então, quando consegui manter equilíbrio, Dei um salto rápido e cortei a cabeça do Monstro, o vendo se desfazer em pó.
- Eu não estava brincando – ri – estava me divertindo.
Então ele se foi, em um pó dourado que sumiu aos poucos na neve branca. Agora, eu me sentia a rainha do Crepúsculo. Uma garota dourada em meio a uma mata com cara de vampira. Sentei-me em uma árvore para descansar, mas quase rolei metros quando me levantei correndo, havia esquecido da flor. Minha espada voltara a ser o anel e comecei a correr pelo mesmo caminho. Se não fosse pelas pegadas – sentiu a ironia? – do homem leão, eu não teria achado o local.
Capitulo 4 – Um casal fofo, até.
Arranquei a planta e fui em direção as duas crianças. A menina chorava escandalosamente e quando eu apareci, pude ver o maior sorriso infantil no rosto, mas as lágrimas começaram a cair mais rápido. Entreguei a flor para ela, que mascou e colocou no ferimento do garoto. O menino começou a corar rápido, mas ainda parecia desmaiado.
- O-obrigada, achei que não voltaria mais. Você demorou 59 minutos, exatos – ela olhou para o relógio e sorriu. - Ah, como você sabia que era um Mantico-mantico-sei-lá.. - Mantícora! – ela riu – Eu, não sei. Só conheço. - Ah, tome cuidado com a floresta – peguei o garoto no colo – como veio parar aqui? - Ele nos chamou de semideuses e disse que sabia como íamos controlar nossos.. Poderes. Fiquei curiosa, Alex não queria ir, mas eu insisti – estávamos caminhando em direção a estação de trem.
A garota explicou tudo. Ela se chamava Rosa e sempre conseguia criar plantas. E ele se chamava Alex e aconteciam várias nevascas por onde estavam. Eram namorados e fugiram do colégio. Monstros atacaram os pais deles. Paramos em uma lanchonete e conseguimos comer algo – eu estava faminta – enquanto era minha vez de explicar. A volta do caminho foi bem melhor. Os dois estavam felizes, o que me deixou enjoada. Odiava casais fofos e tals, mas de qualquer forma, era bom ver o menino recuperado. Chegamos rápido a estação de volta a NY – ou foi porque eu dormi a viajem inteira – e Argos já estava nos esperando em um carro.
Argos tem vários olhos no corpo e um deles estava com um tampão, não pude deixar de rir;
- O que aconteceu. - Conjuntivite – ele olhou sério – Vamos. Quíron quer conhecer estes dois.
Chegamos ao acampamento rapidamente. Alguns campistas nos esperavam (como Lili, ai que saudades dela) e Dionísio também. Quíron nos recebeu na porta. Eu sabia que ele teria algo para falar, e que essa não era a ultima missão que eu estaria. Mas por enquanto, só queria desfrutar de um pouco de felicidade e calma.
- Informações da Missão:
æ Armas Utilizadas: Elmo da Escuridão [Réplica do elmo de seu pai. Transforma-se em qualquer tipo de acessório para a cabeça. No formato original faz com que o semideus fique invisível por 3 turnos. Isto só pode ser utilizado uma vez por missão.] [By: Hades] Espada de Ferro Estígio [ Tem o cabo detalhado com lascas de Ébano. Tem a habilidade única de absorver as almas que ceifa. Transforma-se em um anel negro.] [ Total de Almas=0] [By: Hades]
æ Poderes Passivos Utilizados: Sombras que Saram I [Nível 1] – Ao simples toque com a sombra produzida por um objeto ou ser qualquer, as feridas do filho de Hades começam a sarar, cicatrizando aos poucos. [5HP por Turno]
æ Poderes Ativos Utilizados: Necromancer I [Nível 1] – Com um cântico e oferendas, o filho de Hades consegue invocar espíritos ou mortos (como “zombies”). Neste nível o máximo permitido é um “invocado”. (Tem 100HP)
#narração #minhas falas #pensamentos #falas avulsas #monstros | |
|