As duas faces de uma máscara - Missão Interna para Bryan, Ciel e Noah.

Tudo parecia estar estranhamento bem até para o acampamento meio sangue; nenhuma preocupação, acontecimento bombástico, absolutamente nada. Desde a minha reclamação eu já não sentia mais nada; parecia apenas estar focado sempre no treino constante sem aproveitar um pouco as coisas. Quando eu estava no chalé dos indefinidos era uma agitação completa, já agora no chalé de Perséfone eram poucos os filhos, ou melhor, irmãos. Mas ali eu me sentia completamente acolhido, já que estava junto com os meus meios-irmãos e eu me sentia em casa, claro, não em casa realmente porque meu pai não estava ali, mas em casa por se sentir bem por estar perto dos meus irmãos que eu nunca imaginei que tivesse.

Bryan ajeitou a posição do seu corpo deixando seu busto na vertical, equilibrou seu corpo afastando as pernas sobre a linha de tiro. Segurou o arco apoiando entre os dedos polegar e indicador. Deixou o arco na vertical enquanto o braço que segurava o arco era esticado com o cotovelo girando para fora e a mão no alinhamento do antebraço. Puxou a corda do arco usando o dedo indicador, médio e anular encaixando-os na articulação da primeira falange e sustentando o rabo da flecha entre os dedos indicador e médio. Se concentrou durante alguns segundos no alvo que estava a quarenta metros de distancia e em um movimento rápido abriu os dedos do gatilho, ao mesmo tempo em que puxou a mão para trás.

Durante os primeiros vinte metros a flecha de bronze voou em direção do alvo tranquilamente, contudo subitamente a flecha foi carregada por um vento cuja intensidade aumentava a cada segundo. Logo depois os olhos do filho de Pérsefone foram atingidos por uma nuvem de poeira de descomunal que o obrigou a fechar os olhos.

Bryan acordou um tanto assustado lembrando do sonho, não sabia o que havia acontecido e o porque de sonhar que estava praticando arco e flecha, quando recebera de presente de sua mãe um chicote. Certo que era um instrumento super feminino, mas fora o que ele recebera de sua mãe, a quem nunca gostou muito, mas ela era sua mãe e ele tinha que aceitar, até porque seu pai mortal havia lhe ensinado que nunca deveria recusar um presente que lhe fora dado de bom grado. Certamente o menino não o faria, até porque gostava muito de seu pai.- Foi só um sonho - Dizia Bryan para si mesmo, estranhando todo o fato de ter sonhado com aquilo, ele gostava de Arco e flecha e gostaria de ter ganhado um, mas como não havia o feito teria de aceitar. O menino olhou no relógio que estava ao lado de sua mesinha de cabeceira e viu que os ponteiros marcavam 9:27, o que ainda era cedo. Sentou-se em sua cama e passou a mão sobre os seus olhos sentindo muito sono, além de que noite passada havia ido dormir depois das 2:00 da manhã, o que ainda o deixava com muito sono, mas ele sabia que hoje seira um novo dia no acampamento e que deveria estar disposto para enfrentar os vários exercícios que Quíron iria passar a todos os campistas.-Bom dia Pai, bom dia Mãe -Dizia o menino já que prometera ao seu pai que todo dia faria isto no acampamento, mesmo que não gostasse de desejar bom dia para a rainha do sub-mundo. Eu definitivamente odiava a minha mãe e por mim ela podia morrer(se pudesse) que eu não iria sentir falta da mesma. O que ela havia feito por mim? Absolutamente nada!- Hoje vai ser diferente - Dizia o menino em um gesto de encorajamento para si mesmo, respirou e praguejou baixinho, o menino levantou-se da cama com dificuldade porque ainda sentia dores nas costas dos treinamentos pesados de um meio-sangue. Foi ao seu armário e pegou uma roupa que estava acostumado a usar, calças jeans comuns, uma blusa laranja que era a do acampamento e tênis comuns. Deixo-os ali mesmo pois não se preocupava de suas irmãs o verem pelado, até gostava de certa forma de ver elas tamparem os olhos assustadas, o que provocava várias gargalhadas no menino. Assim que ligou o chuveiro sentiu a água quente descendo seu corpo de uma forma diferente, parecia que todos os ossos do menino iam desmanchar completamente, mas isto também provocava algum certo prazer no menino. O que estava acontecendo com ele? Ninguém sabia, muito menos o menino. Assim que terminou o banho, olhou pela janela do banheiro para ver se encontrava alguma de suas irmãs por ali, como bom resultado não encontrou nenhuma o que pode fazer o menino sair do banheiro e ir se vestir a beira de sua cama.

Vinte minutos depois o filho de Pérsefone já estava pronto para mais um logo dia no acampamento, mais um na verdade. - Que hoje seja melhor que ontem - Dizia o menino abrindo um sorriso na face e indo caminhar lentamente por fora do chalé, assim que encontrou um lugar legal abaixou ali esperando logo que a corneta soasse para que fossemos em direção ao refeitório para a primeira refeição do dia. Mas algo inusitado aconteceu, um menino que havia se apresentado para mim como filho de Hefesto apareceu a minha frente me cumprimentando assim como um menino ao meu lado que eu não havia percebido a presença. Algum tempo depois de batermos um papo divertido(já que era a primeira semana de todos no acampamento), veio Quíron correndo em nossa direção e eu imaginei que a corneta já houvesse tocado e nem eu como os dois meninos tivéssemos escutado ela tocar. O animal-humano disse algo que eu não entendi muito bem, mas ele logo repetiu:
- Semideuses... - O olhar deve ficava mais severo, o que fez meu estômago revirar diversas vezes, dando-me até náuseas.-como vocês devem se lembrar, ontem a noite houve uma apresentação teatral no Anfiteatro e alguns filhos de Dionísio acabaram deixando algumas máscaras lá, uma destas é a favorita do deus e digamos que ele está furioso...- Agora ele tinha um olhar menos severo, e sim um sorriso que acalmava todos, o que me consolou.-Enfim, poderiam fazer esse pequeno favor para mim e buscá-la? - Quando ele fez a pergunta, senti um nó na garganta. Eu não sabia nem ao menos o que era isto, e não sabia nem o que era o anfiteatro, mas logo sorri sem dizer nada, até porque Noah se adiantou e aceitou por nós.

Depois de algum tempo do menino nos explicar o que iriamos fazer, voltei em casa e peguei os presentes que minha mãe havia me dado só para me prevenir, sorri calmamente quando encontrei os demais integrantes, que também parecia carregar seus equipamentos. Assim que decidimos que era a hora de partir, fomos em direção ao Anfiteatro.

LALALALALA

Os primeiros raios de Sol iam surgindo no horizonte, o céu ia ganhando uma coloração rosa e alaranjada, as poucas nuvens que haviam no céu eram levadas para longe por uma leve brisa. O Acampamento ainda estava adormecido, exceto pelos poucos campistas que gostavam de treinar cedo.

Kira não é uma dessas campistas, mas já estava de pé e caminha sem animo algum em direção ao anfiteatro. Na noite anterior, pouco depois do fim da e peça, Maddie percebeu que havia perdido a sua corrente de prata, embora fingisse não ligar, sua “copia” sabia a importância do objeto para ela. E por esse mesmo motivo, acordara tão cedo, e sem dizer nada a ninguém partira na busca pela corrente. Logicamente, o anfiteatro era o primeiro lugar da lista.

A prole de Quione adentrou no local e deixou escapar um suspiro. Uma onda de tristeza lhe abateu, e o desespero começou a surgir. O anfiteatro era enorme, com muitas e muitas cadeiras, o chão era todo coberto por tapetes vermelhos e havia um longo corredor que levava até o palco. As poucas esperanças que tinha de encontrar o objeto desapareceram quase por completo.

Ela, então pensou em buscar Damon para ajuda-la, mas desistiu da ideia ao se lembrar que ele jamais acorda antes do almoço.

- Vadio. - disse ela sorrindo.

Enquanto caminha entre as fileiras de cadeiras, percebeu a presença de algo. Instantaneamente tirou o arco de gelo das costas, olhou ao seu redor, mas nada viu. A sensação de ser observada era forte. Conforme ia puxando o cordão do arco, uma onde gelada percorria o seu braço direito, quando o cordão estava na altura do queixo à flecha branca já estava formada, e pronta para ser usada. Ela olhou ao seu redor novamente, e quando fixou os olhos em um vulto preto o mesmo correu para os camarins.

Parados no meio do palco estavam três campistas, dois deles eram completos desconhecidos dela, o terceiro tinha cabelos negros e um arco dourado preso às costas. Ele não estava olhando-a, mas ela sabia que ele tinha olhos azuis e que seu nome era Ciel, e também que ele é um filho de Apolo. Kira abaixou o arco, a flecha ela quebrou ao meio e então foi em direção aos garotos.

A curiosidade ofuscou a preocupação, desde pequena sempre fora muito curiosa e acabava esquecendo das outras coisas...
Em silencio subiu as escadas que levavam até o palco, e só então percebeu que a decoração usada na peça ainda estava espalhada pelo chão; espadas, escudos, elmos, e o que restou do cavalo.

Os três garotos semideuses pararam de discutir e voltaram-se pra ela, Ciel tinha um grande sorriso no rosto, mas os outros dois demonstravam curiosidade, e talvez um pouco de irritação.A loira prendeu o arco as costas novamente, então devolveu o sorriso para Ciel.

- O que estão fazendo ?

- Quíron nos mandou procurar duas mascaras, mas até agora nada. E o que a Kiki faz aqui?

A prole de Quione apontou para duas mascaras em um canto e disse:

- Não são aquelas? Procuro uma corrente...

Ambos olharam para onde ela havia apontado um pouco animados, mas suspiraram pouco depois.

- Não... Enfim, vamos seguir ou não o vulto?

Sem pedir permissão ou algo do gênero, Kira decidiu participar da busca pelas mascaras.
Ciel começou a andar e ela o seguiu.

Armas e objetos levados ::

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