1º Luau Hawaiano de Ártemis & Amigos

Tudo bem, não esperava mesmo por isso. Paulo havia cometido o erro de ter se livrado do whisky do filho de Apolo, não me importei muito com isso, mesmo que fosse difícil encontrar outra bebida como aquela. Minha atenção encontrava-se em Porthos, que havia me feito rir com seus desafios e propostas indecentes. Após uma discussão de Eliza e Paulo, que me deixou de boca aberta, ainda estava embriagada para reagir de outra forma. Não demorou muito, e Chuck também se divertia como nós, talvez fosse o mais louco de nosso grupo. Nunca o tinha visto tão animado como estava, e me perguntei quantas flor de lótus ele deveria ter ingerido. Voltei a piscar para o filho do deus do sol, ainda com um sorriso malicioso. - Podemos fazer isso, quando comer a flor de lótus.- Argumentei, cruzando meus braços e batendo o pé direito, agindo com superioridade. Minha sugestão anterior fora bem sugestiva, e pensei que Porthos fosse mesmo querê-la, logicamente não iria ceder, não agia dessa forma. Para minha surpresa, o filho do deus do submundo e meu primo, voltou-se para mim com um desejo incabível de dançar, e pior, eu não sabia dançar. Em alguns instantes, Chuck tomou minha atenção e estávamos dançando como loucos naquela festa, acompanhando o ritmo da música que tocava. Meu primo estava mesmo mais louco do que eu, e perguntava-me o que ele e Eliza tinham mesmo usado para estarem daquele jeito. Cansados, Chuck foi a procura de mais flor de lótus, enquanto voltava-se para o filho de Apolo, com os lábios franzidos. - O boy magia ainda quer nadar? Só aceito se você estiver sem camisa.- Disse, num tom de brincadeira. Peguei a flor de lótus que estava nas mãos de Porthos e dei apenas uma mordida, ainda a oferecendo para ele.

Clothes: Here.
Music: Calvin Harris - Feel So Close.

Encontrava-me em uma brincadeira na qual tinha vantagem, o filho do deus do sol tentava me molhar a mim e minha roupa com a água, mesmo que pudesse me manter seca, ainda me sentia envergonhada pela situação. Perguntava-me como Phortos não sentia frio, em contato com a água fria, mas que bobeira, ele era filho de Apolo, era muita burrice até para uma lerda filha de Poseidon que eu era. Meu amigo sem dúvidas estava em desvantagem, mas ele não se importava, apenas me acompanhava aos risos com as tentativas de molhar um ao outro. As vezes caia com as ondas, e quase tirei a bermuda de Porthos quando tentei me manter em pé. Tal fato me fez rir, e com o efeito da flor de lótus em meu organismo, minha risada soou ainda mais alta do que realmente estava. Em nossa direção, Eliza corria acompanhada de Chuck ao nosso encontro, que estava tão alucinado que balançava-se como se uma música agitada tivesse tocando próxima a nos. Sem avisos prévios de um bom motivo para sair da água, a filha de Quione me puxou pelo braço, e corremos em direção a areia, mesmo que as vezes eu acabasse tropeçando em meus próprios pés. Como a louca que era, Eliza puxou a toalha de mesa dos comes e bebes, atraindo a atenção de inúmeros semi-deuses com sua ação inesperada, não para mim, qualquer loucura feita pela maluca da filha de Quione era normal para mim. Ao comando de Eliza, o DJ mudou de música para uma mais agitada que mais parecia um funk. Eliza me puxou para cima da mesa, para minha vergonha. Senti meu rosto ficar vermelho, ao notar a presença de alguns campistas olhando para nós. ''Eliza, eu vou matar você, sua rapariga.'' Pensei comigo mesma, enquanto olhava pasma para a dança que a filha de Quione fazia a minha volta, para que fosse acompanhá-la. Tentei dançar da mesma forma, mesmo que esbarrasse em alguns objetos e tentasse ser tão sensual como ela. Mas não, eu era a Louise, a desastrada Louise. Tentei passar para o canto, numa tentativa para sair decima da mesa, Eliza me puxou pelo braço, impedindo minha passagem. Balancei, rebolei, joguei meu cabelo e tudo o que havia visto na televisão ou até mesmo na internet, Liza tinha movimentos incríveis, enquanto eu balançava feito uma rekenguela. Meus músculos só voltaram a se suavizar quando a música finalmente parou, sai decima da mesma e disparei para fora da tenda, procurando por algum tipo de bebida ou flor de lótus para que pudesse me esquecer dessa passagem. Tomei duas flores de lótus em mãos, ingerindo as duas sem pensar, poderia ser uma cena terrível para qualquer um que a visse, mas preferia ficar loucona, do que lembrar que meu ''momento vergonha'' aconteceu.

Clothes: Here.
Music: Calvin Harris - Feel So Close.

O que são aquilo? PEPINOS VOADORES SALTITANTES? Minha cabeça estava a mil, minha visão estava perfeita, mesmo que tivessem vendo coisas sem sentido e estranhas. A música se tornara mais alta e convidativa, e jamais tive vontade de dançar como agora. Onde estava Liza!? Queria dançar com ela, mas se ela não estava na mata, onde estaria? Mais um campista passou por mim com uma garrafa de vodca na mão, e só pude pegá-la em minhas mãos e correr em direção ao mar com ela. Tomei um longo gole de álcool, era como se minha mente tivesse se renovado, e expandido em vários sentidos. A música, as pessoas, a comida e bebida faziam a diferença total de minhas ações, queria fazer a diferença, cometer loucuras, me expressar de outra forma. Ouvi alguém chamar meu nome próximo ao mar, meus olhos se prenderam em um garoto que mais parecia um...Cavalo!? Cavalo! Corri em direção ao mar, deixando a garrafa escapar de meus dedos e deixar que o seu líquido caísse na areia. Pulei nas costas do que seria um cavalo (Phortos), e agarrei seus cabelos. - VAMOS CAVALINHO, AO TERRA DO NUNCA! - Gritei, como uma louca desvairada, apertei ainda mais seus cabelos, batendo com meus pés na lateral de sua barriga para que prosseguisse rumo a terra do nunca, para sermos jovens para sempre.

Clothes: Here.
Music: Calvin Harris - Feel So Close.

Ah, que sem graça. Aquele era mesmo um cavalo mal educado, como poderia jogar a própria dona naquela água cor de rosa? Mas que grosseria. Abri a minha boca submersa, engolindo alguma quantidade de água salgada, e mal ardeu em minha garganta. É salgada! Bati nas costas do cavalo, com um tapa leve. Empurrei-o para o lado, tentando subir nas costas dele novamente. - Isso não se faz, cavalinho. Não lhe darei torrões de açúcar nem tão cedo se continuar se comportando assim! - O repreendi, fazendo um bico infantil. Puxei seus cabelos escuros, ainda tentando pular em suas costas, que por conta da água, estavam escorregadias. - Armaria, nãm. - Resmunguei, submergindo na água e ficando por alguns minutos, até que pude enxergar um unicórnio próximo ao fundo, que era apenas seis metros. Voltei-me ao cavalo, puxando uma de suas patas. - Ei, unicórnio, pega! - Mandei-o, agarrando-me a um de seus braços e o puxando para o fundo do mar.

Clothes: Here.
Music: Calvin Harris - Feel So Close.

Onde estava? Cadê o unicórnio voador que tanto esperava? Mas que merda, foram minutos perdidos daquele dia de neve. Senti alguém me puxar de volta para a superfície, longe da água rosa que tanto gostara. Que menino era esse? O que ele havia feito com meu lindo cavalo? Este mundo, não se pode ter nada e logo ele é tirado de você. Senti uma água gelada por meu rosto, e mal conseguia enxergar com tanta ação sobre meus olhos. Apalpei ao que me parecia uma mão e mordi em defesa, aquele menino devia estar tirando uma com a minha cara e não deixaria ele ser sair livre depois de pegar meu cavalo! - Ladrão, cadê meu cavalo!?- Perguntei, mais alto do que esperava. Batia no busto do mesmo com pequenos socos consecutivos, numa birra infantil.

Clothes: Here.
Music: Calvin Harris - Feel So Close.

Realmente, aquele menino estava mesmo me provocando. E mesmo assim, estava gostando de ser lançada de volta para a água rosa, que me fazia rir ainda mais. Minha mente estava a mil, e disparava em pensamentos dispersos a cada segundo, e não sabia o que viria a seguir. Já não via o unicórnio ao fundo daquela água cor de rosa, e muito menos meu cavalo que estava ali há alguns instantes. Estava exausta, de repente um desejo apossou-se de meu corpo, queria caminhar na água. A ideia me deixou ainda mais animada, senti um sorriso formar-se em meus lábios com a ideia. Segurei nos braços do garoto, encarando-o com certa incerteza. - O que está fazendo? - E me senti séria demais para isso, queria gritar e balançar o corpo, soltei uma gargalhada alta. Em seguida, puxei o garoto pela mão com força.- Vamos andar sobre as águas! - Exclamei, balançando meus cabelos e tentando de forma decepcionante caminhar sobre o mar. Não, isso não estava dando certo. Quase berrei quando meu plano estava indo por água abaixo, voltei a olhar para o filho do deus do sol, que estava completamente atônito com minhas ações. Balancei minha cabeça negativamente, fechando os olhos e os abrindo como se fosse a primeira vez que visse o mundo. - Porthos, o que estamos fazendo aqui? - Perguntei, numa voz abafada. Agora minha mente encontrava-se mais lenta do que nunca, e meus ouvidos ouviam chiados. Deuses! Havia ingerido aquelas flor de lótus, e com certeza, foram responsáveis por qualquer coisa que tenha feito e não sabia. Não perguntei ao filho de Apolo, esperando que ele não tivesse passado a mesma vergonha que eu. No entanto, estava tão contente que nem me preocupava com esse fato, mas por hora, estava bem longe daquele doce alucinante.

Clothes: Here.
Music: Calvin Harris - Feel So Close.

Meus pensamentos estavam tão desorganizados que estava se tornando difícil até pensar. Se bem que sempre fora um pouco para mim, não sei se isso era de família ou causa do meu progenitor deus do mar, mas era um pouco lerda. Não em agilidade em batalha, mas as coisas tinham dois sentidos ou nenhum para mim. Porthos parecia se divertir com meu desentendimento, e tentava não ficar irritada com isso. Não era culpa dele, e sim minha por ter dado a louca na festa e ele com certeza deveria ter me ajudado, ou não. Só lembrava que era uma boa sensação, e que devia experimentar novamente, mesmo que minha consciência discordasse do meu desejo. O filho de do deus do sol me guiou de volta para a areia, livrando-me da água salgada que me deixava revigorada. Sem ao menos pensar em piscar, minhas vestes estavam secas de novo, até meu cabelo, que mesmo assim, encontrava-se uma bagunça só. Deveria ter vergonha de minha organização em minha aparência, mas naquele momento, não conseguia me importar com isso. O filho de Apolo deitou-se sobre a areia, que parecia grudar em seu corpo molhado. Me senti ainda mais descansada quando o acompanhei ao deitar na areia, tentando arrumar meus cabelos escuros bagunçados. De repente, Porthos começou a rir, como se tivesse se recordado de uma lembrança engraçada. E logo fiquei vermelha. ''Deuses, o que tinha feito!?''

Sua risada não era assim tão alta, e poderia ser muito bem abafada com a música que tocava no luau logo atrás de nos. E como esperava, o filho de Apolo me informou de tudo o que havia feito. Espere, eu o tinha feito de cavalo? Era esse o efeito que a flor de lótus trazia a mim, fazer as pessoas de cavalos e montar nelas. Tentava não pensar nisso, mas uma imagem de mim montada em Porthos não era nada agradável. O que ele devia ter aturado por minha causa, se fosse eu, teria me deixado a mim se afogar. ''Quanta ironia, uma filha de Poseidon se afogar!'' Engoli a seco, voltando a olhar para o filho do deus do sol. Meus lábios se comprimiram, mas logo se desfizeram para que pudesse rir. Ria feito uma louca desvairada, com toda aqueles acontecimentos absurdos envolvendo a mim. - Bem, espero que tenha alimentando meu cavalo muito bem!- Exclamei, revirando os olhos e ainda rindo. Voltei a olhar para Porthos, cobrindo minha boca com uma das mãos para parar com os risos. - Agora fiquei curiosa. Como seria se você ficasse sobre os efeitos da flor de lótus. - Dei um sorriso malicioso e continuei. - Acho que ainda há flor de lótus e algumas garrafas de whisky por ai.- Completei, com um olhar sugestivo. Tudo bem, estava mesmo louca, depois de tudo que passei ainda queria beber e me drogar com mais flor de lótus? Estava mesmo ficando louca.

Clothes: Here.
Music: Daft Punk - Robot Rock