John Ghruver
Filhos de Hefesto
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Data de inscrição : 11/05/2012
Idade : 28
Ficha do personagem
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(152/152)
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 | Assunto: Re: Olho grego ▬ Missão one post para John Ghruver  Seg 21 maio 2012, 13:46 | |
| A pequena titânide
Aquele pão com mortadela desceu rasgando a garganta de John, que se se sentava à mesa de Hefesto do refeitório, logo pela manhã. Aquele sonho ainda o tirava o sossego. Na noite que antecedera àquela manhã, Ghruver sonhara com Tifão e sua mulher. Edinéia? Equina? John não sabia ao certo. Ele via ambos. O titã, Tifão, estava no mais profundo ponto do Tártaro, onde não havia luz, mas John o via com clareza. Ele rugia enfurecidamente. Já sua mulher estava numa estrada dos EUA. John não sabia dizer claramente, mas tinha certeza que era ela. Ela estava montada em um de seus filhos, o Leão de Neméia. Ele avançava rapidamente. John imaginara que seria fácil para que o Leão passasse despercebido por meio da névoa, pois de fato ele era do tamanho de uma picape. John imaginou porque aquela titânide estava pequena, e porque não se tele transportava para seu destino.
O semideus tentou afastar as lembranças do sonho de sua mente. Afinal, devia ser só um sonho aleatório mesmo. Depois de ter comido todo o pão, John decidiu voltar ao chalé de Hefesto. No caminho, nada além do normal para mais um dia de atividades regulares no acampamento meio sangue. Filhos de Apolo jogando vôlei na quadra, filhas de Afrodite falando futilidades na beira do riacho, filhos de Hipnos dormindo nos locais mais inusitados, como nos galhos de uma árvore, por exemplo. Enfim, nada que pudesse fazer com que o filho de Hefesto se lembrasse daquele sonho esquisito.
John chegou à beirada da pequena escada que dava na varanda do chalé nove. Subiu-a e então abriu a porta do chalé, adentrando-o. Ghruver sorriu ao ver sua cama. Parecia uma boa ideia colocar o sono em dia, sua semana não estava sendo das melhores. John tirou seus dois anéis, e os colocou em cima de seu criado mudo. Também tirou seu cinto de ferramentas mágico e o colocou ao lado dos anéis. O filho de Hefesto deitou, e logo dormiu profundamente.
E, pra variar, ele sonhou novamente com a mulher de Tifão que ele já desistira de lembrar o nome. E o pior de tudo é que, no sonho, a mulher estava no meio da floresta, se separando de seu filho, o Leão de Neméia. Ela levava algo em mãos, e sorria maliciosamente. O jovem semideus acordou. Ele transpirava e respirava com dificuldade. Suas mãos estavam frias, e ele logo as aqueceu na lareira do chalé. O filho de Hefesto decidiu sair pra dar uma caminhada. Pegou seu cinto de ferramentas mágico e seu anel negro, então saiu do chalé.
Já do lado de fora, John receou estar cometendo um erro ao sair do chalé naquela noite, mas de qualquer forma seguiu seus instintos mais primitivos, e avançou em direção a floresta. John se recusava a acreditar que a mulher de Tifão estava lá, mas ele precisava averiguar. Porém, no caminho, seus temores mais profundos foram confirmados. Uma ninfa dos bosques estava chorando, próxima a entrada da floresta. Ela parecia inconsolável.
-Ei, acalme-se e me conte o que aconteceu. – disse John, colocando seu braço nos ombros da dríade.
-Foi e-ela... – indagou a dríade.
John sentiu um arrepio por todo o seu corpo, então conseguiu dizer:
-Ela, quem?
-A mulher de Tifão! Ela roubou meu olho grego. – disse a dríade, voltando a chorar aos berros.
-Eu vou recuperá-lo. – disse John, tentando transmitir confiança, embora estivesse amedrontado
O semideus correu para dentro da floresta. Já era de noite e ele não enxergava nada. Pensou em algo prático, então pulou e agarrou um galho, quebrando-o. Cerca de um metro tinha aquele galho, com uma extremidade afiada e a outra mais oval. John retirou um rolo de plástico do cinto de ferramentas mágico e envolveu toda a parte chata do galho. Em seguida John retirou uma garrafa de querosene, e colocou querosene por todo o plástico. Logo o garoto conjurou fogo e ateou-o no galho, que se iluminou, agindo como uma tocha.
John segurava a tocha improvisada e caminhava pela floresta, em busca da Titânide. A mata estava ficando fechada, tornando mais difícil a passagem do filho de Hefesto, que se concentrava na chama da tocha para que não incendiasse a floresta. Passados vários minutos, John chegou num campo aberto imenso, onde só havia grama abaixo de seus pés. Do outro lado do campo estava uma dracaenae. Estava escuro do outro lado, mas as luzes da lua e da tocha deixavam claras as duas caudas grossas e escamosas de serpente, e a parte de cima do corpo de uma mulher comum, porém verde. Ela estava de costas, então John decidiu apagar a tocha para pegá-la pelas costas.
A visualização era difícil, mas estava claro que ela continuava lá, imóvel. John cravou a tocha apagada na grama, para retornar e pegá-la, então correu, tomando cuidado para não fazer barulho pela grama enquanto se aproximava. John tirou o anel negro que tinha no dedo durante a corrida, há cerca de quinze metros do monstro. O anel se transformou numa espada grande, com uma lâmina bem balanceada. Continuou sua corrida, e a dracaenae ainda parada. Fácil demais pra ser verdade. Quando chegou à suas costas, quando estava a ponto de perfurá-la, foi atingido nas costelas, e caiu no chão.
Por sorte, sua espada ainda estava em mãos. A visão do garoto ficou turva, mas ele se levantou. Cambaleou até conseguir equilíbrio. Ele ouviu risadas, mas não estava enxergando muito bem. John conjurou fogo na palma da mão, e viu os monstros que riam... eram duas dracaenaes, e ele tinha caído em sua armadilha como um idiota.
John as fitou, irritado, então, para prender a atenção delas, disse:
-O que vieram fazer aqui? – as duas pareceram surpresas com a pergunta, e encaravam a chama na mão do semideus com certo receio.
-Nósssssssssss viemossssss ajudar nossssssssa patrona. – disse uma delas, como se estivesse se divertindo.
Cautelosamente, John apagou o fogo em sua mão. Elas não pareciam apressadas para matá-lo, então seu plano parecia ótimo, em sua mente.
-Ajudar a fazer o que? – perguntou John.
Elas então começaram a discursar sobre dominar o mundo e coisa parecida, mas o filho de Hefesto não estava prestando atenção. Bem devagar, para que os monstros não percebessem, John pegou a garrafa de querosene pela parte de trás do cinto, onde elas não vissem o que ele fazia. A garrafa já estava em mãos, e ele só esperava uma brecha.
-Ei, o que você essssstá essssscondendo aí? – perguntou uma dracaenae, interrompendo o discurso da outra.
John jogou a garrafa de vidro aos pés delas, e o forte cheiro de querosene se espalhou. Antes que pudessem ter uma reação, John conjurou fogo e o lançou no querosene. Logo tudo se inflamou e as dracaenaes ficaram em chamas. Uma delas foi pra trás das labaredas de fogo, mas a outra não foi tão rápida. John chegou perto dela rapidamente, colocou uma mão em suas costas e então fincou sua lâmina na boca de seu estômago. O monstro se desfez em chamas após um grito.
Ghruver atravessou as chamas e, do outro lado da mesma, a dracaenae estava se levantando. Provavelmente ela estava rolando no chão para apagar o fogo.
-Você vai pagar por isssssssssso, filho de Hefessssssssto! – ela sibilou.
A dracaenae correu em sua direção e tentou golpeá-lo com suas garras na altura do peito do semideus. John deu um salto pra trás, porém não o suficiente para escapar de suas garras, que fizeram um corte superficial em seu peito. John esperou que ela viesse de novo, dominada pela raiva, e ela então tentou novamente atingi-lo com suas garras. John fora mais rápido, prevendo seu movimento. O garoto girou a espada, que decepou a mão da dracaenae. Ela urrou de dor, e encarou o semideus com uma raiva descomunal. John não deu a ela tempo pra se recompor, e perfurou seu pescoço com a lâmina. Em seu lugar agora só havia poeira.
John colocou a mão sobre o ferimento no peito, que sangrava um pouco. John fez a própria mão ferver até que o ferimento cicatrizasse e estancasse o sangramento. Quando conseguiu o que queria, regrediu no campo aberto, e então pegou sua tocha. Novamente lançou fogo nela, para que pudesse iluminar seu caminho. O jovem seguiu em frente.
John não havia contado o tempo depois que havia enfrentado as dracaenaes, mas poderia dizer que cerca de três horas se passaram. Ele já havia trocado de tocha, pois a anterior já havia virado cinzas. John estava a ponto de voltar, pensando que a mulher de Tifão estaria longe dali. Porém, ao longe, John avistou uma luz, e então correu até lá, e apagou sua nova tocha novamente. John estava muito cansado, mas não daria o braço a torcer. Ao chegar na luz, viu que se tratava de uma fogueira, e que a mesma estava em outro campo aberto.
-É claro que eu não preciso de luz. - disse uma voz doce, porém ameaçadora vinda de trás de John
John estremeceu, e lentamente se virou. Cerca de dois metros atrás de John, estava a mulher de Tifão. Um e setenta de altura, aspecto jovem, corpo de uma jovem de dezesseis anos, e olhos negros assustadores. Em seu pescoço, estava um colar com o olho grego contido no mesmo. Ela sorria triunfante. Sem dúvida, era linda.
-É... imaginei que era só pra que alguém te encontrasse. - resmungou John, segurando sua espada com as duas mãos.
-Eu tenho permitido que você me visse em seus sonhos, John. Eu sei tudo sobre você. E também sei que você seria uma ameaça ao meu plano. Por favor, deixe que eu lhe mate, farei isso sem que você sinta dor. Mas caso queira lutar, você irá morrer com grande dor.
-Prefiro morrer lutando. - disse John, fitando-a nos olhos.
Ela então começou a andar em volta de John, que apontava sua espada para ela e a seguia com os olhos.
-Muito heroico de sua parte. Mas a sorte está do meu lado, querido. Você não tem chance.
Ela ergueu uma mão para o céu, e uma espada se materializou em sua mão.
-Ah, minha melhor arma. - disse ela - Ela solta fogo. Pena que você eu não conseguirei matar com fogo. Adoro fazer isso.
John riu ironicamente e levantou sua espada, esperando um ataque. Ambos ficaram parados, e ele disse:
-Vem logo, Edinéia.
-É Equidna. - disse ela, e seus olhos tomaram uma coloração vermelha. - Nunca me deram o devido crédito. Sou só conhecida como a mulher de Tifão. Mas quando eu destruir todos os semideuses e destruir os Estados Unidos, todos saberão e temerão o meu nome!
-Seu plano vai ter que esperar, porque eu vou te mandar de volta pro tártaro, Equina. - John abriu um meio sorriso, tentando demonstrar confiança.
-É EQUIDNA, SEMIDEUS INSOLENTE! - disse ela, e sua boca parecia flamejar.
Tomada pelo ódio, Equidna partiu pra cima de John. Ela desferiu um golpe lateral com a espada, buscando atingir as costelas de John. Porém o semideus estava muito atento, e defendeu com a base de sua espada, e deu um chute muito forte em sua barriga. O chute teria feito qualquer um cair, mas ela apenas deu dois passos para trás. Sem dúvida, a sorte estava ao seu lado.
John manteve o ritmo, apenas se defendendo, pois quando ele tentava atacar, ela simplesmente desviava. A sorte estava deixando aquela batalha desigual, e o semideus sabia que tinha de retirar o colar daquela mulher, e ele não poderia errar, senão ela seria cautelosa o suficiente para não deixá-lo mais se aproximar de seu colar. Quando John defendeu o golpe que iria arrancar sua perna fora, ele fingiu que ia dar um soco na cara de Equidna, que instintivamente colocou a mão na frente, John desviou a trajetória do soco e agarrou seu colar. Puxou com tanta força que arrebentou o colar. John deu um pulo pra trás e colocou o olho grego em seu cinto de ferramentas mágico. Agora só o semideus poderia retirá-lo de lá.
-MALDITO SEJA VOCÊ, JOHN GHRUVER! - urrou Equidna.
Ela começou a falar em grego, e John tinha certeza de que era uma maldição. Ela havia abaixado a espada pra falar em grego, e John aproveitou a chance, e arriscou um chute na cara da titânide. O chute a pegou desprevenida, e ela caiu no chão, e sua espada voou longe.
-Se você me matar, John, meu querido, você só vai adiar meus planos. - disse ela, mudando repentinamente de humor, tentando persuadir o semideus. - Eu voltarei em breve, e você será caçado por meus filhos. Você não quer isso, quer?
-Vou adorar matar seus filhos. - disse John, esboçando um sorriso.
O garoto colocou um pé sobre o peito de Equidna, e ela começou a gritar. Então o semideus cravou sua lâmina em seu rosto, perfurando-a. Icor dourado foi derramado, e a terra consumiu Equidna.
John cambaleou, estava tonto. Parecia que a maldição batia em sua mente. Mas ele não entendeu o que ela havia dito quando o amaldiçoou. John seguiu na direção oposta em que vinha caminhando, para voltar ao acampamento.
Muitas horas se passaram, tanto que quando John chegou ao acampamento, o Sol já nascia a Oeste. A dríade continuava chorando no mesmo lugar. Quando viu John, todo esfarrapado e ferido, ela deu um grito. John se apressou em tirar o olho grego do cinto, e esticou a mão para a ninfa dos bosques, dizendo:
-Acho que isso é seu. - disse John, tentando sorrir.
- Armas utilizadas:
Cinto de ferramentas: Por fora, parece um simples cinto de ferramenta. Mas, ao utilizar ele o filho de Hefesto pode retirar algumas coisas limitadas de dentro dele, para isso tem que se concentrar e pedir. Esses pedidos devem ser limitados a pequenos objetos do cotidiano e nada mágico
* Espada guardiã - Espada longa com 2 gumes - Um de ouro celestial, aprisiona a memória da criatura que mata, enviando-a ao arquivo do semi-deus, aumentando seu poder, ficando mais balanceada e afiada , o outro gume, de ferro estígio, apaga as memórias daquele que fere, causando lapsos mesmo se o alvo sai vivo da batalha. Monstros mortos com este gume demoram o dobro do tempo para se regenerar, e não tem lembranças do semi-deus que os matou. Transforma-se em um anel com detalhes em negro e dourado entrelaçados. [0 memórias no banco de dados] [Presente de Mnemósine]
- Poderes utilizados:
Passivos:
Nível 2:
Resistência ao fogo[inicial]: Por trabalhar perto do fogo, os filhos de Hefesto adquirem alguma imunidade a ele, quando atingido por uma quantidade razoável. Se for em grande ele pode se queimar e receber dano.
Resistência ao calor. Por ficar expostos ao calor, nunca se sentem incomodados. Assim nunca sofrem danos que sejam relacionados ao calor.
Ativos:
Nível 2:
Pyrocinise [Inicial] Capaz de controlar pequenas quantidades de fogo.
Nível 3:
Conjurar fogo: O fogo conjurado varia com sua Pyrocinise.
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